Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a malícia da fofoca”.
Quem de nós gostaria que falassem mal de nós pelas costas? Ninguém, não é verdade? No entanto, é justamente isto a fofoca! O que é a fofoca senão falar mal dos outros quando eles não estão presentes?
Pois bem, sendo esta a realidade da fofoca, que frutos ela traz consigo? Algo que todos nós nos queixamos diariamente e que aparentemente não tem nenhuma relação, mas tem: a maldade que há no mundo!
Como assim, alguns perguntarão? Qual é a relação que pode haver entre a fofoca, algo tão inofensivo para muitas pessoas, e a maldade do mundo?
Vamos explicar. Todo dia no meu trabalho sacerdotal encontro pessoas, e vocês também, que dizem que há muita maldade no mundo. Que há muitas pessoas más, que querem o teu mal, que estão à espera da primeira oportunidade para passar a perna em você. De fato, infelizmente, esta é uma realidade inegável do nosso mundo. É uma realidade em muitos ambientes de trabalho e até, infelizmente, em muitas famílias!
E agora podemos nos perguntar: de onde surge um mundo como este onde as pessoas querem o teu mal? Surge quando se dá acesso a uma primeira porta da falta de amor entre as pessoas: falar mal delas, fofocar. Fofocar, falar mal de alguém quando ela não está presente, é a primeira porta da falta de caridade. Quando eu falo mal de alguém, eu não quero o bem desta pessoa. Daí para o segundo passo, desejar o mal, é apenas um pulinho.
Falar mal de alguém e desejar o seu mal estão unidos na mesma estrada: a estrada do mal, da maldade. E é uma estrada oposta ao que tanto desejamos que é o amor, a civilização do amor.
O amor gera algo maravilhoso: a união entre as pessoas, a solidariedade, a ajuda mútua. Quem ama, vê a todos como irmãos. E esta é a verdade, pois todos somos filhos de Deus. O amor congrega, une. Faz ver os colegas de trabalho como irmãos; a cunhada, a sogra, como irmãos.
Se o amor gera a união, o que gera a fofoca? Algo muito perverso: a desunião. Um mundo dominado pela fofoca ao extremo seria a lei da selva: salve-se quem puder! A desunião máxima: cada um para si buscando seu interesse, onde é inevitável a guerra.
Portanto, grande parte do mal deste mundo, deste ar pesado que se respira em tantos ambientes das pequenas e grandes cidades, o ar da desunião, da crítica, das puxadas de tapete etc, é fruto desta primeira porta da maldade, só aparentemente inofensiva, que é a fofoca.
Façamos, portanto, o propósito de eliminá-la da nossa vida! Como dizia um santo, “se é para falar mal, cala-te”! Vejamos a todos como irmãos, pois assim o somos. O que fazemos com um irmão que se comporta mal: rezamos por ele, procuramos corrigi-lo. E se ele não quer ser corrigido? Continuemos rezando por ele. Mas nunca falemos mal dele. Esta é a atitude de um cristão.
Será um sonho imaginar um ambiente de trabalho, uma reunião familiar, sem fofoca!!! Conheço ambientes de trabalho, famílias, que são assim, onde as pessoas vivem assim. Mas disto depende de cada um de nós. Comecemos por dar exemplo e, pouco a pouco, vamos ajudando as pessoas a verem todo o seu mal para que também a eliminem das suas vidas. Será o início da construção da civilização do amor.
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo