Amor a Deus interior e exterior, com o coração e com as obras

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “amor interior e exterior”.

Outro dia conheci uma pessoa no aeroporto e perguntei a ela se tinha fé. Disse-me que sim. Aí lhe perguntei se a praticava, se ia à missa todo domingo. Ela me disse que não era praticante, mas que tinha Deus dentro do seu coração; que estava sempre com Ele e que isso era o mais importante.

Quantas pessoas hoje pensam assim? De fato, ter Deus dentro do coração é muito importante!!! A propósito disso, Jesus Cristo numa ocasião disse assim: “Misericórdia eu quero, e não sacrifício” (Mateus 9, 13). Misericórdia aqui é uma alusão ao coração. É como se Jesus dissesse: “Eu quero vosso coração e não apenas vosso sacrifício, as vossas obras”. Sacrifício pode ser entendido como “obras exteriores”.

Estas pessoas também têm razão dizendo que há muitas pessoas que praticam, que vão à missa, e depois não se comportam devidamente. Que adianta, dizem, que uma pessoa assista à missa e já na saída discuta com sua esposa, com seu marido. Por isso, dizem, eu tenho Deus dentro do meu coração e é isso que importa.

Tudo isso é verdade!

No entanto, não podemos esquecer que Jesus também disse que: “Quem me ama cumpre os meus mandamentos” (João 14, 15 e 21). Jesus fala da importância de seguir os seus mandamentos e os seus ensinamentos. E há mandamentos e ensinamentos de Jesus que não ficam só no âmbito interior. Um deles, por exemplo é o terceiro mandamento: “Guardar domingos e festas”. Isto é, ir à missa aos domingos e dias de festa. Ou seja, se queremos amar a Deus de verdade, além de tê-lo no coração, é preciso ir à missa no domingo.

Outros ensinamentos importantes de Jesus são os sacramentos que Ele nos deixou. E são sete: batismo, crisma, eucaristia, confissão, matrimônio, ordem e unção dos enfermos. Cumprir os mandamentos de Deus é acudir a estes sacramentos. É procurar se receber a eucaristia (uma vez que estamos preparados), é procurar se confessar (a igreja nos ensina que devemos nos confessar ao menos uma vez por ano), é procurar receber a crisma etc.

De fato, o que Deus quer é que O amemos com o coração, procurando nos assemelharmos cada vez mais a Ele, e que também mostremos esse amor vivendo o que nos deixou prescrito que supõem ações exteriores. Todo amor, aliás, é assim: interior e exterior. Imaginem um namorado que dissesse à sua namorada que a tem no coração e que tudo aquilo que a namorada pedisse a ele que supõem ações exteriores, não fizesse, dizendo que o mais importante é tê-la no coração? Um namorado que não desse um beijo, que não fosse visitar a sua família, que desse um presente de vez em quando, que não desse um abraço etc. Seria estranho, não é verdade?

Dessa forma, podemos fazer algumas perguntas:
– tenho amado a Deus com o meu coração?
– meu comportamento condiz com o que Jesus Cristo nos ensinou?
– além de ter Deus dentro do meu coração, tenho praticado os 10 mandamentos, tenho ido à missa aos domingos?
– tenho me confessado regularmente?
– tenho acudido também aos outros sacramentos? Eucaristia (estando devidamente preparado), crisma etc?

Façamos o propósito de amar a Deus com o coração, com o nosso interior, e também com as obras, com o nosso exterior. Vivendo assim, amaremos a Deus de uma forma mais perfeita, e consequentemente experimentaremos o que disse Jesus à samaritana: “A quem crê em mim, rios de água viva brotarão das suas entranhas” (João 7, 37). Vale a pena!

Uma santa semana a todos!

Padre Paulo