A bondade autêntica – II

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a bondade autêntica – II”.

Como dissemos na penúltima mensagem, há inúmeros graus de bondade, e a bondade máxima é a de Deus. Para simplificar, vamos falar de cinco níveis de bondade: o falso bom, o bonzinho, o medianamente bom, o bom, o muito bom.

O FALSO BOM

Num primeiro nível de bondade, podemos citar o que diríamos da bondade negativa. É a bondade daquelas pessoas que parecem boas, mas são no fundo “lobos em pele de cordeiro”.

É muito triste descobrir que uma pessoa não é um cordeiro, mas um lobo. Temos de pedir a Deus que nos proteja dessas pessoas, pois elas podem aparecer em nossa vida, envolver-se conosco e nos causar um grande dano. Mas passemos logo para os outros níveis de bondade, os reais, pois são esses que nos interessam nesta reflexão. Queremos saber o nível da nossa bondade. Vamos descartar este primeiro considerando que não fazemos parte desse grupo.

O BONZINHO

Aqui já entramos num nível de bondade do qual muitas pessoas fazem parte.

Podemos definir a pessoa boazinha como aquela que tem um coração bom e de quem todos gostam muito. É uma pessoa que:
– quer o “bem” de todo mundo;
– cuida para que sua companhia seja prazerosa;
– tem um bom papo, uma boa conversa;
– é, algumas vezes, piadista.

É a famosa ou o famoso “boa gente”.

Mas por que dizemos que essa pessoa é boazinha e não boa? Porque a pessoa boazinha fica só nesse nível de bondade. Não sai daí. Sua bondade caracteriza-se por não se indispor com ninguém e, por isso, ser inofensiva.

Como veremos, a pessoa autenticamente boa não tem um coração e uma vontade moles, como costuma ter o bonzinho. Por ter um coração mole, este é inofensivo. Por ter uma vontade mole, não mostra com as obras a sua bondade. Fica só no sentimento.

O MEDIANAMENTE BOM

Podemos dizer que o medianamente bom é aquele que já sai do nível da bondade mole e adocicada, da bondade preguiçosa e, muitas vezes, egoísta, para arregaçar as mangas e fazer o bem ao próximo.

A pessoa medianamente boa é aquela que não para e está sempre fazendo o bem. É aquela conhecida como a que “não sabe dizer não”. É aquela que vai ajudando todo mundo a toda hora.

Alguém poderia dizer: “Puxa vida, esta é a pessoa boa que eu conheço. Como o senhor está dizendo que ela é medianamente boa?”. De fato, essa pessoa é que é tida como a pessoa “muito boa” aos olhos da maioria. Mas vamos ver que, se ela permanece nesse nível, ainda não é realmente boa.

Mas continuemos a falar dela na próxima semana…

Uma semana abençoada a todos!
 
Padre Paulo
 

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