Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “carência afetiva”.
Um campo importante da nossa personalidade é a afetividade. Costumo dizer que a nossa personalidade é formada por quatro pilares, como as quatro pernas de uma mesa: o campo espiritual, o campo humano, o campo profissional e o campo afetivo. Se qualquer uma dessas pernas estiver num tamanho menor ou maior do que as outras, a mesa, nossa personalidade, ficará necessariamente desequilibrada.
O campo afetivo pode ser entendido como o campo do amor: amar e ser amado. E nesse campo podemos ter carência de “amar” e carência de “ser amados”. Normalmente, quando falamos de carência afetiva, costumamos falar desse segundo aspecto. E é sobre esse aspecto que vamos refletir.
A carência afetiva, no segundo aspecto, surge quando sentimos falta de “ser amados” por pessoas importantes em nossa vida: pelo nosso pai, pela nossa mãe, pelos nossos parentes e amigos e, quando atingimos certa idade, por um rapaz ou uma moça etc.
Vamos pensar em duas situações que costumam ocorrer: a carência afetiva normal e a excessiva.
a) a carência afetiva normal
Nada mais compreensivo do que tê-la quando objetivamente não somos amados por pessoas importantes de nossa vida.
O que devemos fazer nessa situação?
Em primeiro lugar, pensar que somos amados pela pessoa mais importante que existe: Deus. Viemos à existência marcados pelo amor. Entre milhões de pessoas possíveis de ser criadas, Deus olhou para nós, apaixonou-se e nos trouxe à existência. Quantas pessoas há na mente de Deus que Ele nunca criará! No entanto, movido pelo amor, nos trouxe à existência.
E Deus é a pessoa mais maravilhosa que existe: sumamente encantador, amável, gentil, delicado, compreensivo, inteligente, simpático, alegre etc. Seu amor é infinito e é fidelíssimo. Que mais queremos?
Quem compreende essa verdade terá um grande estofo para as suas carências afetivas, lembrando aquilo que dizia Santa Teresa: “Quem a Deus tem nada lhe falta, só Deus basta!”. Mas, é lógico, como somos humanos, sempre sentiremos falta de ser amados por amores humanos.
Em segundo lugar, se a carência se refere a um familiar, um parente, entregar nas mãos de Deus. Depois, nunca desistir de dar amor a essa pessoa, pois é amando que facilitamos o caminho para as pessoas nos amarem, se elas têm alguma dificuldade.
Se o que nos está faltando é o amor de um rapaz, de uma moça, começar por rezar e entregar nas mãos de Deus. Depois, lançar mão dos meios razoáveis para conhecer boas pessoas.
b) carência afetiva excessiva
A carência excessiva ocorre quando somos muito inseguros, quando temos uma personalidade muito voltada para nós mesmos.
O que temos de fazer portanto é sanar de alguma maneira essas deficiências. Com relação à insegurança: crescer na fé, na confiança em Deus e, se necessário, fazer uma terapia. É preciso descobrir a raiz dessa insegurança.
Com relação a estarmos muito voltados para nós mesmos, é sinal de que estamos padecendo de outro mal: a carência “de amar”. Para isso, nada melhor do que dar mais tempo a nossos amigos ou fazer um trabalho social.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo