Dicas para o namoro

Gostaria de falar esta semana sobre o namoro.

Devido à minha experiência de anos orientando muitos jovens, vejo que há pontos importantíssimos no namoro que não são muito lembrados às pessoas.

Em primeiro lugar, o namoro é um período fundamental de conhecimento de cada um dos namorados.

O que garante que dará certo o casamento é saber com boa profundidade com quem se está casando!!!

Por que muitos casamentos não vão para a frente? Porque houve uma superficialidade no conhecimento do outro cônjuge e só depois do casamento é que se começou a perceber quem realmente ele (ela) era.

Como costumo dizer, “não pode haver nenhuma surpresa depois do casamento”!!! Eu sei que isto é praticamente impossível, mas os namorados devem tender ao máximo possível a isto.

Como se consegue um conhecimento profundo de cada um dos namorados?

– fazendo uma avaliação contínua do (a) namorado (a) sobre as suas qualidades, tendências e defeitos;

– sendo rigorosos nesta avaliação; as pessoas que estão apaixonadas costumam relevar os defeitos ou falhas do (a) namorado (a); como se costuma dizer, “o amor (a paixão) é cego”; de fato, quem está apaixonado não costuma ver defeitos ou se os vê, releva-os; isto é extremamente perigoso, pois todos nós temos defeitos e eles saltarão à vista quando a paixão diminuir; com qualquer defeito do (a) namorado (a) ao invés de pensar que não tem importância, devemos pensar: isto tem importância!; mais ainda, devemos pensar: será que isto vai piorar com o passar dos anos?

– pensando que todo defeito grande ou mentalidade claramente diferente da nossa que aparecerá no futuro já dá sinais no dia de hoje; a tendência a beber já dá sinais no dia de hoje, a tendência a gastar já dá sinais no dia de hoje, o pensar mais em si do que no outro já dá sinais no dia de hoje, etc.

Em segundo lugar, a decisão sobre casar ou não casar com determinada pessoa deve se basear, além do amor, numa decisão racional (e não passional) em cima das qualidades, tendências e defeitos.

Costumo dizer que os namorados devem colocar no papel em duas colunas paralelas as qualidades (numa coluna) e as tendências e defeitos (noutra coluna) do outro namorado. É em cima disto, e junto com Deus, que devem pensar se vale a pena casar com este namorado (a).

Com relação às tendências e defeitos se deve pensar que:

– há aqueles que estão bem arraigados e, portanto, serão bem difíceis de serem arrancados; há aqueles que estão na superfície e serão fáceis de serem arrancados;

– há aqueles que são mais graves e há aqueles que são de pequena importância; no entanto. é preciso ver quanto eles nos incomodam mesmo sendo sem tanta importância;

Em terceiro lugar, para encontrar pessoas boas é preciso fazer planos bons.

Quem não gostaria de encontrar uma pessoa boa, de família, com valores e princípios? Muito bem, para encontrar uma pessoa “de família” é preciso fazer planos familiares, ou de uma boa família. Ex: fazer uma pizzada na casa de um (a) amigo (a) convidando amigos e amigas, visitar um museu, assistir uma boa apresentação musical, etc. É preciso ter sempre iniciativa e criatividade para descobrir planos bons onde as pessoas boas podem ser atraídas.

Ficam aí umas primeiras dicas para que o namoro seja um momento valioso. Disponho-me, com muita alegria, a orientar todos aqueles que quiserem.

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo

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