Fim de ano: balanço e metas para o próximo ano

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “fim de ano: balanço e metas para o próximo ano”.

A chegada do fim do ano, principalmente este ano tão tão diferente, é uma grande ocasião para fazermos um balanço do ano que passou.

É de grandíssima utilidade a realização desse balanço porque:
– nos ajuda a agradecer a Deus as coisas boas que fizemos neste ano;
– nos ajuda a pedir perdão por tudo aquilo que não fizemos bem;
– nos ajuda a estabelecer metas para o ano que começa; sem metas pessoais não há progresso pessoal.

De modo concreto, como podemos fazer esse balanço?

Da maneira mais simples possível, perguntando-nos quais foram as coisas boas deste ano, quais foram as coisas ruins e o que podemos fazer para melhorar.

Por exemplo:
– coisas boas deste ano: com a pandemia e desacelerando a minha vida, tendo mais tempo para refletir, com medo de eu ou meus familiares serem contagiados pelo coronavírus e ter consequências graves, me aproximei mais de Deus; fiquei mais próximo dos meus filhos e aumentou a sintonia com o meu marido (a minha esposa)
– coisas ruins: o confinamento me deixou depressivo, fez com que eu perdesse mais a paciência com minha esposa (meu marido), com meus filhos.

Diante desse balanço, é preciso estabelecer, e isso é muito importante, duas ou três metas para o ano que se inicia. Se não estabelecemos metas de melhora, nossas boas disposições se tornam enganosas.

Que características devem ter essas metas?
– devem ser bem concretas; não adianta se propor, por exemplo, a vencer o mau humor. Essa meta é muito genérica e muito abrangente; portanto, muito difícil de ser cumprida. Precisamos de coisas mais concretas, por exemplo: não vou perder esta minha sintonia com Deus;
– devem ser factíveis; nunca podemos estabelecer metas que estão acima de nossa capacidade; se, por exemplo, estabelecer que vou parar três vezes ao dia para falar com Deus, para fazer uma oração, for muito para a minha capacidade hoje, vou diminuir para dois momentos do dia.

Uma vez estabelecidas as metas para o ano, será necessário persegui-las com todas as forças da nossa vontade, sabendo começar e recomeçar quantas vezes for preciso.

Eis aí um ponto importantíssimo para a melhora de qualquer um de nós: saber começar e recomeçar quantas vezes for preciso. Quantas vezes já naufragamos no meio de nossas metas! Lutamos uma, quem sabe, duas semanas, depois desistimos. Nisso temos de seguir aquele famoso conselho de Santa Teresa, que a levou ao cume da santidade: “Importa muito, e tudo, uma grande e mui determinada força de não parar até chegar à meta, venha o que vier, suceda o que suceder, custe o que custar, murmure quem murmurar”. Que bom seria se gravássemos essa frase de Santa Teresa no fundo do nosso coração e nunca mais a esquecêssemos! Eis aí o segredo, junto com a graça de Deus, de qualquer crescimento espiritual.

Imaginem se começarmos o ano de 2021 pondo em prática esses conselhos que demos acima: agradecendo, pedindo perdão e estabelecendo metas para a nossa vida, metas que perseguiremos com todas as forças até alcançá-las! Com toda a certeza será um ano extraordinário, cheio de frutos. Dessa forma, poderemos dizer de boca cheia: ano novo, vida nova!

Um bom ano a todos e que seja repleto da graça de Deus!

Feliz 2021!!!

Padre Paulo M. Ramalho

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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.