Ler a Bíblia é coisa de beatas?

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “ler a Bíblia é coisa de beatas?”.

Com o desenvolvimento da ciência, é muito comum hoje em dia o desprezo pela religião, a consideração de que as pessoas que acreditam em Deus ou leem a Bíblia são pessoas ingênuas.

Para ilustrar o engano de quem pensa assim, vale a pena conhecer uma história verídica que ocorreu em 1892 com Louis Pasteur.
 
* * *
 
Louis Pasteur, àquela altura com 70 anos de idade, viajava de trem, tendo ao seu lado um jovem universitário, que lia o seu livro de ciências.
 
Pasteur, por sua vez, lia um livro de capa preta. Foi quando o jovem percebeu que se tratava da Bíblia e estava aberta no livro de Marcos.
 
Sem muita cerimônia, o jovem interrompeu a leitura de Pasteur e perguntou:
 
– O senhor ainda acredita neste livro cheio de fábulas e crendices?
 
– Sim, mas não é um livro de crendices. É a Palavra de Deus. Estou errado?
 
Respondeu o jovem:
 
– Mas é claro que está! Creio que o senhor deveria estudar a história universal. Veria que a Revolução Francesa, ocorrida há mais de 100 anos, mostrou a miopia da religião. Somente pessoas sem cultura ainda creem que Deus tenha criado o mundo em seis dias. O senhor deveria conhecer um pouco mais sobre o que os nossos cientistas pensam e dizem sobre tudo isso.
 
– É mesmo? – disse o senhor. – E o que pensam e dizem os nossos cientistas sobre a Bíblia?
 
– Bem – respondeu o universitário –, como vou descer na próxima estação, falta-me tempo agora, mas deixe o seu cartão que lhe enviarei o material pelo correio com a máxima urgência.
 
Pasteur então, cuidadosamente, abriu o bolso interno do paletó e deu o seu cartão ao universitário.
Quando o jovem leu o que estava escrito, saiu cabisbaixo, sentindo-se a pior pessoa do mundo.
 
No cartão estava escrito: Professor-Doutor Louis Pasteur, diretor-geral do Instituto de Pesquisas Científicas da Universidade Nacional da França. E, um pouco mais abaixo, uma frase estava escrita em letras góticas e em negrito:
 
“Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muita, nos aproxima”.
 
* * *
 
Que essa história nos sirva para pensar que a ciência não exclui a religião. Muito pelo contrário: quanto mais nos aprofundamos na ciência, mais nos aproximamos de Deus. A esse propósito, vale a pena ler este artigo: https://site.fecomvirtudes.com.br/o-falso-mito-de-que-os-cientistas-nao-acreditam-em-deus/
 
Uma santa semana a todos!
 
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.


Sobre o autor