Nossa Senhora: histórico e significado do rosário

(Revista Pergunte e responderemos, PR 035/1960


«Qual a origem do Rosário?

E como se poderia justificar tal forma de oração, em que a rotina e o mecanicismo tanto tendem a prevalecer?»

Por «Rosário» entende-se aqui a modalidade de oração que con­siste em recitar quinze dezenas de «Ave Maria», precedida cada qual por um «Pai Nosso» e seguida de um «Glória ao Pai»; a cada dezena está associada à contemplação de um mistério, ou seja, de um dos principais acontecimentos da vida de Cristo ou de sua Mãe Santíssima.

Tendo em vista as questões acima apresentadas, dividiremos nossa resposta em duas partes, propondo primeiramente o histórico da devoção ao Rosário; a seguir, analisaremos o seu significado na vida de piedade.

1. Os precedentes do atual Rosário

1. O costume de rezar breves fórmulas de oração consecutivas e numeradas mediante um artifício qualquer (contagem dos dedos, de seixos, de ossinhos, de grãos…) constitui uma das expressões espontâneas da religiosidade humana, independentemente do credo que alguém professe (veremos no § 2 o «por que» dessa espontaneidade).

Entre os cristãos, tal hábito já estava em uso entre os eremitas e monges do deserto (séc. IV/V): ávidos de manter sempre o espírito unido a Deus em estado de oração, diziam centenas de breves preces controladas por um sistema de calcular: sendo insuficiente para isso o uso dos dedos das mãos, começaram a recorrer a seixos.

Paládio, historiador cristão do séc. V refere que um eremita do séc. IV, chamado Paulo, fez o propósito de recitar diariamente 300 orações dispostas em determinada ordem; desejoso de não omitir alguma por descuido, recolhia então 300 pedregulhos que ele guardava em seu regaço e ia lançando fora, um por um, cada vez que rezava uma prece (Hist. Lausiaca 20). O mesmo historiador menciona dois outros ascetas, dos quais um recitava 700 orações e o outro 100 por dia — o que faz crer que o costume do eremita Paulo não devia ser caso isolado. Contudo o sistema dos pedregulhos, por mais útil que fosse, não podia ser adotado em quaisquer circunstâncias: seria impraticável, por exemplo, por parte de monges que quisessem rezar coletivamente na igreja. Daí o recurso a novo artifício: passou-se um fio ou cordel através dos grãos previamente perfurados, fabricando-se assim pequenas correntes ou colares.

Este uso, que é, como se vê, muito antigo na Igreja, tomou incremento especial no Ocidente: no fim do séc. X havia-se implantado entre os fiéis o costume de rezar a oração do Senhor, o «Pai Nosso», certo número de vezes consecutivas. Tal praxe teve origem provavelmente nos mosteiros, onde muitos cristãos professavam a vida monástica, sem, porém, possuir grande capacidade para o estudo; não estavam, por conseguinte, habilitados a seguir a oração comum e oficial da Igreja, que compreendia a recitação dos salmos. Em conse­qüência, para esses irmãos ditos «conversos» ou «leigos», os Superiores religiosos estipularam a recitação de certo número de «Pai Nosso» em substituição do Oficio Divino celebrado solenemente no coro.

Ao se tratar de sufrágios por defuntos do mosteiro, enquanto os monges mais capacitados rezavam 150, 100 ou 50 salmos, os conversos diziam 150, 100 ou 50 vezes a oração do Senhor («P. N. »). Nas Ordens militares da Alta Idade Média, cujos membros eram leigos, a praxe se tornou mais e mais comum: assim os Templários, para sufragar um irmão defunto, estavam obrigados a recitar 100 «P. N. » por dia durante uma semana inteira.

Para favorecer esse exercício de piedade, foi-se aprimorando a confecção das correntes que serviam à contagem das preces: cada um desses cordéis de grãos se dividia geralmente em cinco décadas; cada décimo grão era mais grosso do que os outros a fim de facilitar o cálculo (portanto, ainda não se usavam, como hoje, séries de dez grãos pequenos separados por um grão maior, pois só se dizia o «P. N.»). Tais instrumentos eram chamados «Paternoster» tanto na França como na Alemanha, na Inglaterra, na Itália, ou, menos fre­qüentemente, «numeralia, fila, computum, preculae»; os seus fabri­cantes constituíam prósperas corporações, ditas dos «Patenotriers» ou dos «Paternosterer».

Ao lado de tal praxe, ia-se desenvolvendo entre os fiéis outro importante exercício de piedade, ou seja, o costume de saudar em tom filial e alegre a Virgem Santíssima; fazendo isto, os fiéis intencionavam evocar principalmente as alegrias de Maria aqui na terra, em particular a alegria da anunciação. Com este fim, repetiam a saudação do anjo a Maria («Ave, cheia de graça… », Lc 1,28) acompanhada das palavras de Elisabete («bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto de tuas entranhas»; Lc 1,42. A invocação subseqüente «Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós… » ainda não estava em uso na Idade Média).

Em conseqüência, por volta do ano 1150 ou pouco antes (época em que a saudação angélica já era muito usual), os fiéis conceberam a idéia de dirigir a Maria 150, 100 ou 50 saudações consecutivas, à semelhança do que faziam repetindo a oração do Senhor: cada «Ave Maria» era acompanhada de uma «venia» ou de um gesto de reverência, que ao mesmo tempo dava caráter penitencial ao piedoso exercido. Cada uma das séries de saudações (às quais cá e lá se acrescentava o «Pai Nosso») devia, segundo a intenção dos fiéis, constituir uma coroa de rosas ofertada à Virgem Ssma.; dai os nomes de «rosário» e «coroa» (em francês, «chapelet», isto é, orna­mento da cabeça) que se foram atribuindo a tal prática; a mesma era outrossim chamada «Saltério da Virgem Santís­sima», pois imitava as séries de 150, 100 ou 50 «Pai Nosso», que faziam as vezes de saltério dos irmãos conversos nos mos­teiros. Destarte se vê que os «Paternoster» e posteriormente os «rosários» entraram na vida de piedade dos fiéis à guisa de Breviário dos leigos, com o fito de entreter nos fiéis a estima para com os salmos e a oração oficial da Igreja; o Rosário tem assim o seu cunho de mentalidade e de inspiração bíblicas.

Quanto ao nome «rosário», em particular, foi muito fomentado por uma historieta popular do séc. XIII: narrava-se então que um monge císterciense se comprazia em recitar freqüentemente 50 «Ave Marías», as quais emanavam de seus lábios como rosas que se iam depositar na cabeça da Virgem Ssma.!

Um passo ulterior no desenvolvimento do Rosário se deve ao monge cartuxo Henrique de Egher ou de Calcar († 1408). Este redigiu um poema intitulado «Psalterium Beatae Mariae», no qual estimulava a recitação de um «Pai Nosso» antes de cada dezena de «Ave Maria»; ora este uso, de mera devoção, foi encontrando espontânea aceitação por parte dos fiéis e veio a tornar-se comum.

Outra etapa importante foi a associação de meditação à recitação vocal das «Ave Maria». No séc. XIV tal praxe estava em vigor nos mosteiros das monjas dominicanas de Tõss e Katharinental. Contudo a difusão e a paulatina generalização desse costume devem-se a um cartuxo, Domingos Ruteno, que viveu no inicio do séc. XV; Domingos propunha a recitação de 50 «Ave Maria», cada qual com seu ponto de reflexão (ou seu mistério) próprio. Outros sistemas de meditação entraram aos poucos em vigor: houve quem se aplicasse a 150, 165, 200. . . pontos ou mistérios. O dominicano Alano da Rocha († 1475) sugeria a recitação de 15 «Pai Nosso», 150 «Ave Maria», asso­ciados à contemplação de 150 mistérios, que percorriam os principais aspectos da obra da Redenção desde o anúncio do anjo a Maria até a morte da Virgem Ssma. e o juízo final.

Mais uma faceta da evolução do Rosário, já insinuada pelos precedentes, foi a inclusão dos mistérios dolorosos da Paixão do Senhor entre os temas de meditação. Isto se explica pelo caráter sombrio e tristonho que por vezes tomou a piedade popular no fim da Idade Média: o grande cisma do Ocidente (1378-1417), a guerra dos Cem Anos, o flagelo de pestes, os temores do fim do mundo muito chamaram a atenção dos fiéis para as tristezas da vida, em particular para as dores de Cristo e de Maria: muitos então, além das sete alegrias de Maria, focalizavam devotamente as suas sete dores. . .

A consideração destes tópicos de história mostra claramente que durante séculos a maneira de celebrar o «Saltério de Maria» variou muito, ficando ao arbítrio da devoção dos fiéis a forma precisa de honrar a Virgem por essa via. Papel de relevo na orientação geral da prática do Rosário coube, sem dúvida, à benemérita Ordem de S. Domingos, à qual foi sempre muito caro esse exercício de piedade: através de Irmandades do Rosário, assim como por meio de pregações, escritos, devocíonários, etc, os dominicanos difundiram largamente a devoção.

De passagem diga-se: vê-se destarte quanto é vão afirmar, como faz um folhetinho espalhado em nosso público, que o Rosário é inova­ção introduzida no Cristianismo em 1090. Quem o lê, colhe a impressão errônea de que o Rosário se originou a toque de decreto da suprema autoridade da Igreja!

Foi finalmente um Papa dominicano, São Pio V (1566-1572), quem deu ao Rosário a sua forma atual, determinando tanto o número de «Pai Nosso» e «Ave Maria» como o teor dos mistérios que o devem integrar. O Santo Pontífice atribuiu à eficácia dessa prece a vitória naval de Lepanto, que aos 7 de outubro de 1571 salvou de grande perigo a Cristandade ocidental; em conseqüência, introduziu no calendário litúrgico da Ordem de S. Domingos a festa do Rosário sob o nome de festa «de Nossa Senhora da Vitória». A solenidade foi em 1716 estendida à Igreja universal, tomando mais tarde o nome de festa «de Nossa Senhora do Rosário». A devoção foi de então por diante mais e mais favorecida pelos Pontífices Romanos, merecendo especial relevo o Papa Leão XIII, que determinou fosse o mês inteiro de outubro dedicado em todas as paróquias à recitação do Rosário.

2. Independentemente de quanto acaba de ser dito aqui, está difundida uma narrativa que visa explicar a origem do Rosário em termos diferentes: haveria sido diretamente entregue, em visão, pela Virgem Santíssima ao glorioso S. Domingos quando este no séc. XII, em sua árdua missão contra a heresia albigense, pedia o auxílio da Mãe de Deus, no mosteiro de Prouille (onde S. Domingos instituíra um centro de pregação e o primeiro cenóbio dominicano feminino).

Abalizados críticos católicos não reconhecem a autenticidade dessa narrativa. Uma das mais fortes razões por eles evocadas é o silêncio das fontes históricas: nenhuma das peças antigas do arquivo de Prouille, nem os sete primeiros biógrafos de S. Domingos, nem algum outro documento dos séc. XIII/XIV refere algo da apregoada visão.

O primeiro a mencionar a aparição da Ssma. Virgem a S. Domin­gos é o religioso dominicano Alano da Rocha (†1475), o qual, após referir a visão, celebra S. Domingos como restaurador e arauto da prece do Rosário, prece já usual nos tempos dos Apóstolos! O teste­munho desse autor, além de tardio, é por si pouco fidedigno; Alano julgava ter sido ele mesmo agraciado por visões que lhe haveriam mostrado toda a vida de S. Domingos!…

3. O costume antigo de repetir orações à guisa de coroa espiritual não se concretizou apenas no Rosário de Nossa Senhora. Além deste, estão em uso entre os fiéis outras coroas espirituais representadas por um colar de contas correspondente. Assim:

a) a coroa dos Crucíferos: tem a mesma forma que o Rosário maxiano, e recita-se do mesmo modo, sem obrigação, porém, de meditar os mistérios; é apanágio da Ordem dos Cônegos da Santa Cruz ou Crucíferos;

b) a coroa do Senhor: consta de 33 «Pai Nosso» em memória dos 33 presumidos anos da vida terrestre de Cristo, 5 «Ave Maria» em memória das cinco chagas do Redentor, e um Credo em honra dos SS. Apóstolos. Teve origem na Ordem dos monges camaldulenses;

c) a coroa das Sete Dores de Maria: compõe-se de sete séries de 1 «Pai Nosso» e 7 «Ave Maria»; acrescentam-se 3 «Ave Maria» em honra das lágrimas da Virgem Dolorosa; durante a recitação medi­tam-se as sete Dores de Maria. É devoção muito cara à Ordem dos Servos de Maria;

d) a coroa das Sete Alegrias de Maria: divide-se em sete décadas, cada qual constando de 1 «Pai Nosso» e 10 «Ave Maria». Acrescen­tam-se mais duas «A. M.», a fim de perfazer o número de 72 saudações angélicas; dizem-se, por fim, 1 P. N.», 1 «A. M.» e 1 «Glória» segundo as intenções do Sumo Pontífice. Esta coroa se prende especialmente à história das famílias religiosas franciscanas;

 

e) a coroa angélica, em honra de S. Miguel Arcanjo e dos nove coros angélicos. Constitui-se de nove séries de 1 «P. N.» (grão maior) e 3 «A. M.» (grãos menores), às quais se seguem 4 «P. N.» (grãos maiores); além disto, compreende invocações aos coros angélicos;

f) a coroa de Sta. Brígida: constava, a princípio, de 6 dezenas (cada qual de 1 «P. N.», 10 «A. M.» e 1 Credo), seguidas de 1 «P. N.» e 3 «A. M.» (63 «Ave Maria» corresponderiam aos 63 presumidos anos de vida da Virgem Ssma. sobre a terra). Foi posteriormente reduzida a cinco dezenas. Esta devoção, ainda usual em nossos dias, teve surto na antiga Ordem de Sta. Brígida, hoje não mais existente.

2. O significado do Rosário como forma de oração

O Rosário tem provocado reservas e objeções baseadas na índole aparentemente mecânica desse tipo de oração: muitos o têm na conta de exercício fadado ao automatismo e à rotina, apto a esterilizar a vida de união com Deus mais do que a estimulá-la.

Não obstante, verifica-se que tanto os santos como grandes sábios cristãos muito estimaram o Rosário. — Pergunta-se então: como entender o valor atribuído a essa devoção?

Não se poderia formular um juízo adequado sobre tal prática, caso se levasse em conta apenas a sua face externa. A repetição de preces vocais pode realmente dar a impressão de que se mecaniza e materializa a oração ( a qual é essencialmente elevação da alma a Deus); pode destarte parecer incorrer na condenação que Jesus proferiu no Evangelho: «Quando orardes, não multiplicareis as pala­vras, como fazem os pagãos, os quais julgam que serão atendidos em vista da multidão de suas palavras» (Mt 6,7). Neste texto, não há dúvida, o Senhor reprova a concepção que faz coincidir oração com repetição de vocábulos, como se o homem pudesse influir sobre a Divindade pelo aparato de sua verbosidade.

Não é, porém, por efeito dessa mentalidade que se repetem as «Ave Maria» na recitação do Rosário. Não; estas têm valor totalmente subordinado; visam apenas criar uma atmosfera, um clima, dentro do qual o espírito mais compassadamente se possa elevar a Deus; é a contemplação interior, acompanhada de atos de amor, que constitui a finalidade da repetição de fórmulas no Rosário. A oração vocal, no caso, pode ser comparada ao corpo, ao passo que a contemplação faz as vezes da alma do Rosário. Ora, assim como a alma humana, em condições normais neste mundo, precisa da colaboração do corpo até mesmo para exercer as suas funções mais sublimes, assim também a elevação da alma a Deus na oração precisa de um esteio sensível, que, no caso do Rosário, vem a ser a recitação das «Ave Maria»; esta cria como que um «espaço» espiritual dentro do qual a meditação e o afeto se devem desenvolver; a monotonia das fórmulas é quebrada pelo ritmo progressivo da meditação ou da contemplação. Destarte o Rosário põe em ação todas as potencialidades do homem, tanto as espirituais como as corporais, para promover a união com Deus.

A luz do que dissemos, o Rosário há de ser tido como expressão característica da natureza humana colocada na presença de Deus. É mesmo expressão tão autêntica ou natural que ela tem seus para­lelos fora da piedade ocidental. Assim entre os cristãos orientais está muito em uso, tanto na liturgia comum como na devoção particular, o chamado «hino acatísto»: consta de um proêmio poético e de 24 estrofes, cada qual iniciada por uma letra do alfabeto grego, cele­brando o anúncio do anjo a Maria (cf. Lc 1.26-36). Nesse hino 156 aclamações à Virgem Ssma., precedidas cada qual da mesma saudação, correspondem de certo modo às 150 Ave Maria» do Rosário. Como atestam os viajantes, não há cristão oriental que não saiba de cor o hino acatísto.

Mesmo nas principais religiões da Ásia e no Islamismo é costume rezar mediante a repetição da mesma fórmula. Ora o fato de que tal praxe esteja difundida entre homens de civilizações e temperamentos tão diversos significa que ela bem corresponde às disposições mais espontâneas da natureza humana.

Estas considerações concorrem para que se entenda a posição que o S. Padre o Papa Pio XI tomou frente ao Rosário, declarando:

«Quanto estão longe do caminho da verdade aqueles que rejeitam esse método de oração (o Rosário) qual fórmula fastidiosa e cantilena monótona, conveniente apenas a crianças e mulheres simples;… A piedade se comporta à semelhança do amor: mesmo que repita sempre as mesmas palavras, estas não exprimem sempre a mesma coisa; mas algo de novo por elas se traduz, algo de novo inspirado por novos e novos afetos do amor» (enc. «Ingravescentibus malis» de 25 de set. de 1937; A. A. S. XXIX [1937] 376).

O Pe. Lacordaire († 1861), por sua vez, escrevia:

«O racionalista sorri, vendo desfilarem multidões a repetir sempre a mesma palavra. Aquele, porém, que é iluminado por melhor luz, compreende que o amor só tem uma palavra e que, ao proferi-la continuamente, o amor jamais a repete» (Vie de Saint Dominique c. VI).

À guisa de conclusão, ainda se impõe breve observação sugerida pela sinceridade e a honestidade: apesar dos vários títulos que reco­mendam a recitação do Rosário, verifica-se que na prática não é fácil rezá-lo como ele deve ser rezado. São Luís-Maria Grignion de Montfort († 1716), certamente grande amigo das devoções marianas, julgava que o Rosário é, ao mesmo tempo, «o método mais fácil de meditação» e «a mais difícil das orações vocais».

Por isto, se um cristão, por mais fiel que seja à graça de Deus, não consegue familiarizar-se com esta forma de devoção, será preciso respeitar a ação do Espírito Santo em sua alma e não lhe impor como obrigação de consciência tal modalidade de oração (a menos que lhe seja prescrita por Regra ou por voto); cada justo tem sua personalidade própria, que a graça de Deus costuma não destruir, mas antes desenvolver e aperfeiçoar.

1 comentários:

gislaine disse…

Muito esclarecedor seu artigo. Eu como catequista, ansiava por um texto mais completo para orientar meus catequizandos sob uma prática da nossa religião que é tão antiga e muitas vezes não conseguimos transmitir com mais confiança as verdades da nossa fé por falta de textos mais aprofundados.