Olá! Eis a ideia para você refletir ao longo da semana: “O perigo da vaidade”.
Apesar de a palavra vaidade ser muito usada em nosso vocabulário, poucas pessoas conhecem o seu verdadeiro significado.
Poderíamos defini-la como o excesso de preocupação com a própria imagem. Existe um aspecto bom da preocupação com a imagem: preocupação em estar bem-apresentado, ou com a impressão que os outros têm de nós, para que percebam que trabalhamos bem, que somos responsáveis, que temos certa maturidade etc. Pois bem: nada disso é vaidade! São preocupações legítimas! No entanto, se essas preocupações passam a ser excessivas, aí, sim, aparece a vaidade.
Para perceber se somos vaidosos ou não, vejamos alguns sinais característicos de quem tem esse defeito:
a) preocupar-se excessivamente com o modo de se vestir: gastar muito tempo no arranjo pessoal, dispender muito dinheiro com roupas, só usar roupas de grife, causar a impressão de que se está desfilando, comprar roupas, sapatos, relógios, colares, etc., sem ter necessidade;
b) ter preocupação exagerada em ficar bem diante dos outros: do chefe, do marido ou da esposa, dos amigos na rodinha, dos colegas de trabalho etc.
Você já viu pessoas que estão sempre tensas, ansiosas e não dormem direito muitas vezes? Você já viu pessoas que são sérias candidatas a tomar calmantes e ansiolíticos? Pois bem: detrás deste comportamento se esconde, muitas vezes, uma enorme vaidade! Pois são pessoas que se preocupam demais com sua imagem, não admitem erros nem imperfeições, não podem ser menos do que… “perfeitas”! É o excesso de preocupação com a própria imagem que cria as pessoas “certinhas” e perfeccionistas.
É o excesso de preocupação com a própria imagem que cria também as pessoas tímidas. O tímido nada mais é do que um vaidoso que tem medo do que os outros pensam dele. Também a depressão é, muitas vezes, uma filha da vaidade: é gerada por olhar demais para si mesmo e sentir-se inferior aos outros em algum campo ou em vários campos da vida.
c) ser “vaidosão”, “vaidosona”: tornar-se uma pessoa “inchada”, exibida, dona da verdade, julgar-se “poderoso”, “poderosa” só porque tem posses ou um cargo importante. E, se há outras pessoas “vaidosonas” do seu lado, surgem as famosas disputas de ego, as fogueiras das vaidades.
Será que eu me encaixo em alguns desses traços da vaidade? Não será esta uma ocasião para lutarmos mais decididamente contra esse defeito sabendo os males que ele acarreta para nós ou para os demais: estarmos muito pendentes de nós mesmos, autoidolatria, tensões, gastos excessivos, disputas de ego, etc.?
Qual é o grande remédio para a vaidade? O amor ao próximo! Pois toda vaidade tem uma característica comum: estarmos muito voltados para nós mesmos.
Saibamos ter uma saudável preocupação por nós mesmos, aliada a uma grande preocupação pelos outros, e assim desfrutaremos uma grande paz interior. Vale a pena!
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo