O que eu faço pelos outros?

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o que eu faço pelos outros?

Um tempo atrás, li um artigo num blog que me deixou bastante pensativo. O artigo dizia assim:

Julia Wise é assistente social, e seu marido, Jeff Kaufman, engenheiro de programação. Em 2013, o salário anual do casal chegou a $245 mil. Pagaram os impostos, gastaram $15 mil e doaram $100 mil. Eles têm feito isso desde 2008, quando se casaram. Quem os conhece afirma que eles formam um casal perfeitamente normal, feliz e em paz.


“A questão não é quanto devo doar” – diz Julia –, “mas quanto devo reter. Eu vejo meu dinheiro como algo que pertence a quem mais precisa: cada dólar que gasto é um dólar que poderia ajudar alguém. Foi assim que sempre pensei.”


“Tive a sorte de encontrar alguém que pensa como eu. Meu marido, Jeff, e eu estamos preocupados em tentar melhorar o mundo em que vivemos. Quando éramos estudantes, já doávamos 30% do que ganhávamos. Agora que ganhamos mais, doamos 45%. Para os padrões americanos não somos ricos, mas ganhamos muito bem para os parâmetros de outras partes do mundo. E há várias boas organizações que são eficientes em fazer o bem com nosso dinheiro. Espero que ao longo da minha vida eu consiga ajudar a salvar muitas vidas e melhorar as condições de muitos mais com nossos donativos.”


“O que fazemos é planejar bem os gastos, e também poupamos, sobretudo agora que vem o nosso primeiro filho. Além disso, os laços de amizade são uma fonte de felicidade maior do que os do consumo. Cozinhamos, passeamos, brincamos com jogos de tabuleiro, tocamos música com nossos amigos e familiares. E tudo isso é muito barato. Se doarmos menos dinheiro, provavelmente vamos gastar mais conosco próprios e provavelmente não seremos mais felizes.”


É interessante saber que para retirar vermes de uma criança na Índia ou no Quênia bastam 30 centavos de dólar. Com 5 dólares se fabrica e se distribui em Malavi e no Congo uma rede que protege as pessoas da malária. Isso para não falar do que se pode fazer diretamente no Brasil. Centenas de pessoas podem ser ajudadas com poucos recursos. Inclusive nós mesmos, quando percebemos que somos mais felizes com menos.


Madre Teresa de Calcutá dizia que é preciso “dar até doer”. Foi o que recordou um americano quando conheceu o exemplo de Julia e Jeff: “Decidi ajudar em um projeto beneficente no Afeganistão e usei o dinheiro que estava poupando havia anos para comprar a minha primeira casa. Doeu, mas eu me sinto bem. E agora eu procuro examinar meus hábitos, meu estilo de vida, e vou podando tudo aquilo que não preciso ou não me traz felicidade”.

É realmente impressionante a história desse casal. São pessoas normais, mas que têm uma profunda consciência de ajudar as pessoas necessitadas deste mundo. Ao invés de caírem nas garras do consumismo e do materialismo, focam sua vida em ajudar o ser humano. Esta frase sintetiza tudo: Eu vejo meu dinheiro como algo que pertence a quem mais precisa: cada dólar que gasto é um dólar que poderia ajudar alguém. Foi assim que sempre pensei”.

Os dados que aparecem também no artigo são impactantes: “para retirar vermes de uma criança na Índia ou no Quênia bastam 30 centavos de dólar. Com 5 dólares se fabrica e se distribui no Malavi e no Congo uma rede que protege as pessoas da malária”.

Quanto se pode fazer pelas pessoas que sofrem neste mundo! E são tantas e tantas! O que é preciso é ter pessoas que sejam generosas e se disponham a arregaçar as mangas e deixar um pouco de lado a excessiva preocupação com o bem-estar pessoal e o comodismo.

Que cada um de nós pense nesta semana:
– o que tem feito com o seu dinheiro;
– se tem sabido ter uma vida mais simples, menos dispendiosa, como este casal, e dar um bom dinheiro para uma causa social;
– se a felicidade está no ter, no comprar, no gastar, no viajar ou no contribuir, no ajudar.

Uma santa semana a todos!

Padre Paulo 

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