O valor da amizade

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o valor da amizade”.
 
Um tempo atrás, li um poema sobre a amizade que achei muito interessante. Ele já tem força por si mesmo, mas no final faço uns comentários para extrairmos algumas lições.
 
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Poema do Amigo
Silvio Brito
 
Amigo não tem dia, não tem hora, amigo é sempre agora
Amigo não tem jeito faz morada dentro do peito pela vida afora
Por um amigo se põe a mão no fogo sem receio de nenhuma dor
Amigos são parceiros de um jogo onde não há perdedor
 
Amigo é feito agulha no palheiro
É meio a meio e os dois inteiros
Amigo sincero dá de 10 a zero na força do poder e do dinheiro
Amigo é aquele que nos representa em qualquer lugar
A gente estando ou não estando lá
Aliás, é como se a gente estivesse lá na figura do amigo
 
E é por isso que se diz que é difícil ter amigo
Pois ser amigo não é fácil não
E é por isso que se diz que lealdade não tem preço
E que amizade é o avesso da solidão
 
Em tempos tão doentes, de amores tão distantes
Amigo é uma espécie de transplante de coração
Amigo é feito um pai que se adota feito um filho
É o Espírito Santo, um Anjo Guardião
 
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Pelas palavras deste autor, vemos como é difícil ter um amigo. De fato, “amigo é feito agulha no palheiro”. Por quê? Porque amigo não tem dia, nem hora; porque ele nunca vai te trair, “pois por um amigo se põe a mão no fogo”; porque ele nunca vai competir com você, pois é um parceiro; porque ele nunca vai nos deixar sós, pois “em tempos tão doentes, de amores tão distantes… amigo é feito um pai”.
 
A pergunta que podemos fazer hoje é esta: tenho sido um bom amigo? Neste mundo tão individualista, tenho colocado a amizade como um grande valor, acima dos bens materiais, “pois amigo dá de 10 a zero na força do poder e do dinheiro”?
 
O que é decisivo na amizade? A capacidade de amar. Pois é o amor que nos faz pensar nos demais, gastar nosso tempo com eles, jamais abandoná-los, traí-los, puxar-lhes o tapete.
 
Quando o que nos move não é o amor, mas um mero sentimento de querer o bem dos demais, este sentimento não sustenta o amor, pois por baixo dele pode haver ainda muito egoísmo e, como consequência, interesses pessoais.
 
Aumentemos a nossa capacidade de amar e no mundo haverá muito mais amigos, amigos de verdade, pelos quais você põe a mão no fogo.
 
Uma santa semana a todos!!!
 
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.



Sobre o autor