Pessimismo

Gostaria de falar esta semana sobre o mal do pessimismo.
Não há pior coisa do que conviver com uma pessoa pessimista!
O pessimista vive se queixando de tudo e de todos! Por onde passa, solta as baforadas de azedume e amargura!
Para o pessimista, tudo, ou quase tudo, está ruim:
– o país
– a política
– a economia
– o trabalho, o seu desempenho nos estudos
– os filhos
– o trânsito
– o namoro
– o marido, a mulher, etc, etc…
O que podemos dizer sobre o pessimismo?
Podemos dizer que é uma doença da alma. O pessimista não é “realista” como costuma dizer.
Não há dúvida que a vida não é fácil, que há muitos problemas no mundo, que em tudo encontramos obstáculos e dificuldades, no entanto, nem de longe podemos dizer que o lado ruim da realidade supera o lado bom. Talvez sim em algum caso bem particular.
Podemos dizer que o otimismo é uma característica por excelência do homem de fé, que acredita em Deus. Sartre, que era ateu, dizia que “a vida é uma paixão inútil” e não o seria se Deus existisse.
De fato, para quem acredita em Deus, a vida não só não é uma “paixão inútil”, como está repleta de coisas boas. Como dizia S. João Crisóstomo, “a bondade divina supera as areias do mar!”
Para quem acredita em Deus, a vida não só está repleta de coisas boas, como o futuro só nos reserva coisas boas. Isto é assim porque é Deus quem governa a nossa vida e como bom Pai vai enviando só coisas boas para nós. Mesmo que permita a dor e a dificuldade, esta dor, esta dificuldade, será também algo bom, pois será, segundo a sua infinita sabedoria, ocasião para alcançarmos bens extraordinários.
Desta forma, a pessoa pessimista só o é por duas razões: ou porque tem pouca fé ou porque está “viciado” em olhar as coisas pelo lado ruim.
Se alguém está “viciado” em olhar as coisas do lado ruim, deve fazer duas coisas:
– esforçar-se por olhar as coisas do lado bom;
– não alimentar pensamentos de pessimismo.
Façamos o propósito de sermos mais otimistas! Mas não com um otimismo superficial: fundamentá-lo em Deus, na sua bondade.
Façamos o propósito de não falar dos problemas, mas das soluções;
Façamos o propósito de não falar mal dos outros, mas do que podem melhorar;
Façamos o propósito de não criticar negativamente as pessoas: criticá-las positivamente;
Façamos o propósito de, em geral, sermos menos azedos; que da nossa boca saiam apenas palavras positivas, esperançosas.
Colocando em prática estes propósitos nos sentiremos melhor, faremos os outros se sentirem melhor e faremos aquilo que dizia um amigo: “não seremos daqueles que aumentam os problemas do mundo”.
Obs: famosa frase de Santa Teresa: “das pessoas tristes e amargas, livrai-nos, Senhor!”
Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo.

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