Sentido da vida

Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “O sentido da vida”.

Todos nós temos a necessidade de dar um sentido mais profundo à nossa vida. Todos nós sentimos que é preciso saber por que existimos, para que existimos, se há uma vida depois da morte etc. Há pessoas que fogem dessas questões mais essenciais da vida! Não querem pensar ou têm medo de pensar.

Uma maneira de não pensar é refugiar-se freneticamente no trabalho ou nas diversões. Vagar de diversão em diversão, anestesiando-se nelas. É uma reação instintiva para fugir do vazio que essa atitude carrega consigo. É o que descreve bem Rafael Llano Cifuentes em Deus e o Sentido da Vida:

Também no terreno humano – não só no físico – existe o horror vacui. E esse horror ao vazio que muitos sentem – essas autênticas neuroses de vazio – tentam superá-lo não apenas com o trabalho, mas também com a diversão e todas as suas variantes: o jogo, a bebida, as drogas, as relações fúteis, as festas e reuniões superficiais, os espetáculos, a boa mesa, as sofisticações sensuais, o tumulto da música, a embriaguez da velocidade, as viagens que os levam a ver tudo sem se deter em nada, o tempo perdido inutilmente navegando na internet, a vontade quase irracional de mudar de lugar, de sentir sempre novas experiências…

Saem de uma fuga – o trabalho – para entrar noutra – a diversão.  Ou melhor: enchem o vazio com um vazio mais denso ainda.

(…) A necessidade de diversão é como a dependência das drogas: a dose tem que ser cada vez mais forte, mais alucinante, até que se chega a uma compulsão desatinada: multiplicam-se as experiências eróticas, deixam-se dominar pela trepidação da música e da velocidade, ficam “bêbados” de fantasias, de vaidades e de requintes sensuais… E alguns acabam perdendo a vida por qualquer tipo de overdose.

(…) Assim o declara Viktor Frankl: “Nós, os psiquiatras, mais do que nunca, nos encontramos com pacientes que se queixam de um sentimento de futilidade, o qual atualmente desempenha um papel ao menos tão importante como o sentimento de inferioridade na época de Alfred Adler. Permitam-me citar uma carta que faz pouco recebi de um jovem estudante americano: “Tenho 22 anos, um diploma, carro, previdência social e a disponibilidade de mais sexo do que necessito. Agora, apenas preciso explicar a mim mesmo qual o sentido de tudo isso”.

Pensemos em nós mesmos:
– Será que eu estou nesse processo de fuga de pensar no sentido da vida indo de diversão em diversão ou lançando-me loucamente ao trabalho?
– Qual é o sentido da minha vida? Será que eu tenho uma resposta bem clara a essa pergunta?
– Será que tudo isso acaba com a morte? Então, qual é o sentido de tudo?
– Qual é o sentido de tantos esforços e tantas conquistas?

A doutrina cristã tem uma resposta a essas indagações: “O homem foi criado para conhecer, amar e servir a Deus nesta vida e assim merecer a vida com o próprio Deus para sempre no céu”. Estamos aqui de passagem para cumprir uma missão e com ela merecer a vida com o próprio Deus no seu reino.

Não fujamos das questões mais importantes da nossa vida! Não tenhamos medo de fazer as perguntas mais importantes da nossa existência! Muitas pessoas têm medo porque essas perguntas comprometem. De fato, se chegamos à conclusão de que o sentido desta vida é amar a Deus, isto implica submeter-se a Ele; para muitos, implica mudar os parâmetros da sua vida. Não fujamos de saber a verdade da nossa vida, pois, como o próprio Cristo nos disse: “A verdade vos fará livres!”. A verdade é que liberta, e não a fuga dela.

Tenhamos um profundo sentido da nossa vida e ela se encherá de um conteúdo inacreditável! Vale a pena!

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo

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