Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “ser maleável”.
Lembro-me muito bem quando li um santo que evocava uma passagem da Bíblia em que Deus nos diz que “temos de ser como o barro nas mãos do oleiro” (cf. Jer 18, 6). Esse santo comentava essa passagem relacionando-a com uma virtude que se chama “docilidade”.
A virtude da docilidade é a que nos faz dóceis, maleáveis, moldáveis. Deus olha para nós e quer nos moldar à sua mais perfeita imagem e semelhança, quer plasmar a sua imagem em nós. E para isso nós temos de ser muito dóceis.
Será que eu tenho sido uma pessoa dócil, moldável?
Que pena é encontrar uma pessoa que diz: “Sou assim mesmo, nasci desse jeito, nunca vou mudar”! É uma pena porque:
– todos nós somos chamados a ser melhores, mais perfeitos; somos uma pedra bruta carregando uma pedra preciosa em nosso interior, e só entraremos no Céu quando conseguirmos lapidar essa pedra bruta e exibir a preciosa;
– sempre é possível melhorar, dar um passo em nossa melhora pessoal;
– é o crescimento, a perfeição, a melhora que nos tornam felizes, e não a estagnação na personalidade;
– não querendo mudar, tornamos bastante difícil a convivência.
O que é que nos impede de sermos pessoas moldáveis? Eu diria que são dois os principais inimigos: o orgulho e a inércia.
a) o orgulho
A pessoa orgulhosa, ao contrário do barro maleável mencionado acima, se assemelha a uma pedra dura: não enxerga os seus defeitos, rebate sempre as críticas construtivas que lhe fazem, acha que está certa e não precisa mudar.
O orgulho é um dos piores defeitos da personalidade humana! Façamos o propósito de ser humildes, de estar abertos a todas as mudanças em nossa personalidade. Sejamos humildes e reconheçamos que estamos longe de ser perfeitos, que há muita coisa que ainda é preciso mudar em nossa personalidade. Reconheçamos que a melhora pessoal é um processo que nunca acaba, porque nosso modelo é Jesus Cristo.
b) a inércia
Como diz o velho ditado: “Reconhecer o erro é ter de mudar”. De fato, se reconheço algum erro, não haverá mais jeito senão lutar contra ele. E isso é muito custoso! É melhor, muitos pensam, ficar na inércia, permanecer como está.
É certo que toda mudança custa. Principalmente se é algo que está muito enraizado em nossa personalidade. Mas, diante do que custa, temos de olhar o que vale. Em qualquer empreendimento há o que custa e o que vale. Se olhássemos só o que custa, não faríamos nada.
Da mesma forma que fazemos em outros aspectos de nossa vida, vejamos na melhora pessoal o que vale. Vejamos que, sem nenhuma dúvida, crescer é tornar-se mais feliz.
Façamos todos nós o propósito de ser mais maleáveis, de abrir-nos à mudança pessoal, de aceitar com “enorme abertura” e alegria toda a crítica que nos fazem. Sonhemos em ser essa pedra preciosa que está dentro de nós e que vem à tona com a lapidação de nossa personalidade, com a melhora pessoal!
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo