Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “ter razão ou ser feliz”.
Outro dia um amigo me contava que conheceu um senhor que logo no primeiro contato manifestou um espírito piadista. Esse amigo ficou um pouco desconfiado pensando que aquilo era uma provocação, mas logo percebeu que fazia parte de um espírito alegre e bem-humorado.
Depois de um pouco de conversa, ficou curioso e perguntou a esse senhor o que o levava a ser tão bem-humorado. E ele explicou: uns anos atrás, vendo a dificuldade do relacionamento humano, como muitas vezes as coisas ficam tensas, em pé de guerra, e cansado de observar isso se repetir continuamente, pensou que na vida há duas posturas que se podem tomar na convivência: “ter razão ou ser feliz”. Pois é, dizia aquele senhor, “a partir daquele dia, decidi que o melhor é ser feliz, ver as coisas pelo lado positivo e deixar muitas vezes a razão de lado”.
Que sábia atitude de vida assumiu para si esse senhor!
Quantas horas entre casais e familiares são gastas em discussões intermináveis! Será que não deveríamos assumir a atitude desse senhor, deixando muitas vezes a razão de lado, e optar por sermos felizes?
Há pessoas que são obcecadas em ter razão em tudo! E tornam a convivência muitíssimo difícil!
E a verdade é que há muitíssimas coisas para as quais devemos dizer “tanto faz”. Tanto faz ser de um jeito ou de outro. Tanto faz se vamos assistir a um filme ou a outro, tanto faz se vamos fazer um passeio em um lugar ou em outro, tanto faz se hoje vamos sair de casa ou vamos ficar em casa etc. Eu diria que há um campo bastante pequeno de coisas das quais não se pode abrir mão. Para quem tem fé, por exemplo, não se pode abrir mão de evitar fazer algo que ofenda a Deus. Não se pode abrir mão de reprimir ações que serão uma ofensa a alguém ou ocasionarão um dano grave a alguém. Mas, insisto, esse campo é bastante pequeno. Diria que 90% pertence ao reino do “tanto faz”, do opinável.
Por que é tão difícil abrir mão, assumir que há muitas coisas que tanto faz? Porque para que se abra mão de algo, é preciso abrir mão do nosso egoísmo, dos nossos gostos e interesses. E isso é muito difícil. Mas precisamos aprender a ser menos egoístas e sentir alegria em fazer o outro ser feliz e não nós mesmos.
Aquele senhor estava imbuído desse espírito! Quando dizia que tinha optado por ser feliz, não queria dizer que não se importava com nada. Queria dizer que tinha optado por fazer o outro ser feliz, tinha optado pelo amar. De fato, se optamos pelo egoísmo, vamos cair em discussões intermináveis, vamos optar por ter razão em tudo.
Façamos o propósito, na convivência com os outros, de amar e fazer com que os outros sejam mais importantes do que nós. Façamos isso e, sem dúvida, teremos optado pelo melhor: teremos optado por ser felizes.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo