Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “um exemplo de vida: Damião, o leproso”.
Josef de Veuster, conhecido como Padre Damião, foi um sacerdote belga que nasceu no dia 3 de janeiro de 1840 e morreu no dia 15 de abril de 1889. Foi beatificado em 1995 pelo papa João Paulo II e canonizado em outubro de 2009 pelo papa Bento XVI.
No dia 1º de dezembro de 2005, o Padre Damião foi eleito o maior belga de todos os tempos numa votação organizada pela televisão aberta flamenga VRT.
Por que recebeu esse título tão impressionante?
Porque, movido por uma generosidade sem igual, ele decidiu viver em uma comunidade de leprosos na ilha de Molokai, no Havaí, e cuidar dela.
O que ocorreu no Havaí? Essa região, por volta de 1860, estava sendo assolada por diversas doenças contagiosas, entre elas a lepra. Quando a população de leprosos chegou a um número alarmante, o rei do Havaí tomou uma decisão duríssima, que ficaria marcada na história: levar todos os leprosos para uma ilha isolada e deixá-los lá até a morte, dando a assistência possível. Imaginem o que houve: a separação, da noite para o dia, e para sempre, de marido e mulher, de pais e filhos, de irmãos etc. Foram levados para essa ilha cerca de seiscentos leprosos.
O monsenhor Louis Maigret, vigário apostólico do Havaí, defendia a ideia de que os leprosos necessitavam pelo menos de um sacerdote que pudesse cobrir as suas necessidades religiosas e administrar-lhes os Santos Sacramentos. O Padre Damião, que à época era missionário naquele país, após pensar durante algum tempo, solicitou autorização para ir a Molokai, sabendo que tal decisão seria como assinar a sua sentença de morte.
No dia 10 de maio de 1873, Damião chegou a Molokai. O bispo Maigret apresentou Damião aos colonos como “um homem que será pai para vós, e que vos ama de tal maneira que não vacilará em dar a vida por vós, e viverá e morrerá convosco”. A primeira missão que Damião se impôs foi construir uma igreja e estabelecer uma paróquia, dedicada a Santa Filomena.
A partir desse dia, o Padre Damião se dedicaria noite e dia, num esforço ingente, a construir casas nessa ilha, fazer o saneamento básico, dar toda a assistência material e espiritual às pessoas e a cuidar, com todo o seu amor, de cada leproso de Molokai.
Como era de esperar, em 1884 contraiu a lepra. Continuou a trabalhar pelos leprosos até a sua morte, no dia 15 de abril de 1889. O mais impressionante é que Deus preservou os seus dedos indicadores e polegares até seu último dia de vida para que pudesse celebrar a missa. No dia 12 de fevereiro de 1889, escreveu uma derradeira carta a seu irmão, o Padre Panfilo, na qual dizia estas palavras: “Serei sempre feliz e contente, e mesmo doente não desejo senão cumprir a santa vontade de Deus”.
Que a vida do Padre Damião, São Damião, sirva de exemplo para todos nós, de esquecimento próprio e de dedicação incansável ao próximo. Que cada um de nós pense nesta semana:
– em que medida estou dando a minha vida pelo bem das pessoas que estão à minha volta?
– tenho sabido dar generosamente a minha vida pelos outros?
– me dedico aos outros só quando tenho tempo, só quando tenho vontade, só quando estou bem disposto ou me desdobro sempre e no dia a dia para ajudá-los, para servi-los?
– posso dizer que vivo para fazer as pessoas serem felizes ou vivo para “me” fazer feliz?
Quem quiser ler sobre a vida do Padre Damião poderá conseguir aqui:
http://www.quadrante.com.br/livrariavirtual_detalhes.asp?id=91&cat=Biografias_Testemunhos&s=artigos
Quem quiser assistir um filme sobre a sua vida, pode ver aqui no meu canal Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCuHzMjHZAIaLfOHESSxFKGA
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo