Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a psicologia feminina”.
Gostaria simplesmente de citar umas palavras de uma autora falando sobre o tema:
Na mulher, mais do que no homem, é possível observar a influência da afetividade nos seus comportamentos e vivências. Muitas vezes escutamos ou dizemos expressões como: “estou triste ou alegre, ou… e não sei por que”. Na experiência verificamos a maior influência das emoções, dos afetos e dos sentimentos na vida das mulheres. Por isso a importância de compreendê-los e aprender a dirigi-los e ordená-los adequadamente. Não se trata de viver num vaivém de emoções ou de eliminá-las por completo ao estilo do sr. Spock da série de televisão, “Viagem nas Estrelas”, mas de aprender a aproveitá-las para que nossa vida esteja “cheia de colorido”.
Eliminar os afetos, emoções ou sentimentos é um erro. Com isto, empobreceríamos a própria vida e a dos demais; estaríamos dizendo NÃO a nossa natureza humana. A afetividade e a emotividade são elementos próprios do ser humano. Querer eliminá-los é mutilar-nos a nós mesmos. Mas também não se trata de converter-nos em seus escravos. É importante saber manejá-los e guiá-los, e não ser manejados por eles. São uma enorme riqueza, uma força que pode levar-nos a fazer grandes coisas porque nos dá toda a energia que necessitamos. Mas pode destruir-nos se não sabemos lidar com eles.
Conhecer as bases da afetividade, seus mecanismos, a origem das emoções e algumas táticas para dirigi-las e manejá-las, nos fará mais donas de nós mesmas, mais capazes de aproveitar positivamente a influência e a energia que nos oferecem nossos estados de ânimo e seremos, numa palavra, pessoas mais maduras.
(…) Devido a esta afetividade intensa, na maioria das mulheres costuma ocorrer o que chamamos de reação em cadeia: surge uma emoção, e vem outra, e depois outra e outra; muitas vezes não se identifica como se originou, qual foi a razão etc. Isto é bastante comum no gênero feminino (e é uma eterna intriga para os homens). O que se difere muito entre uma mulher ou outra é a força das emoções e afetos e a forma de reagir de cada uma diante deles. Alguma os percebem, os entendem e os aproveitam. Outras não. Umas se servem deles para crescer e enriquecer sua personalidade e, em outras, as emoções são fonte de depressão, tensão e até de neurose.
Sentir as emoções nunca é, nem será, um problema para uma pessoa. Mais ainda para uma mulher (…) O ponto chave é “ser dona de si mesma e das próprias emoções”. Ou, em outras palavras, não ser sua escrava. Porque as emoções por si mesmas são escravizantes: nunca sabemos o que pedirão, para onde se dirigem, que consequências trarão. E quando não se encontram iluminadas e guiadas pela inteligência e pela vontade são CEGAS, incapazes de ver as consequências de seus atos quase reflexos, impossibilitadas para ser “objetivas” e atuar proporcionadamente a aquilo que as motiva.
Um caso extremo citado num jornal. Um casal com algumas dificuldades se encontra discutindo sobre o que verão na televisão no domingo à tarde. Ele deseja ver um jogo de futebol. Ela um programa de entrevistas. Quando o esposo se sente diante do televisor e decididamente se instala para ver o jogo, ela sobe ao quarto e minutos depois desce gritando e dispara ao marido que não aguenta mais estes jogos de futebol. O que aconteceu? Simplesmente que suas emoções decidiram atuar e sua inteligência e sua vontade ficaram de lado. Foi uma reação irracional e emocional (um crime passional, embora nesta ocasião, providencialmente, o esposo não morreu).
É escrava das suas emoções a mulher que as põe como norma última de vida, submetendo tudo a elas: seus interesses, suas ações, suas decisões, seus pensamentos, inclusive a verdade. No final perderá o controle sobre si mesma e se desalentará. É dona de si mesma, pelo contrário, aquela que as usa para enriquecer sua vida psíquica e sua personalidade, colocando-as ao serviço da inteligência e da vontade; desta forma as converte em fonte de liberação e enriquecimento (http://mercaba.org/FICHAS/Mujer/afectividad_femenina.htm)
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo