Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “virtudes cardeais: justiça”.
Quando os gregos começaram a estudar o comportamento humano, logo deram de cara com uma virtude importantíssima: a virtude da justiça. Perceberam que toda moralidade de uma pessoa está na justiça. Por outro lado, toda degradação de uma pessoa está na injustiça. A injustiça é o princípio da corrupção de um homem.
Só esta percepção dos gregos, já tem um valor incalculável, fazendo entender toda a profundidade desta virtude. Mas eles foram além, definindo o que seria esta virtude. A definição se deve a Sócrates que, tocando o seu cerne, dirá, com uma expressão que é usada até hoje, que a justiça é: “dar a cada um o que é seu, o que lhe é devido”.
Cada um tem aquilo que é seu, que lhe é devido. Isso vale tanto para nós como para os outros. Eu sou justo comigo mesmo, por exemplo, se dou a mim o devido descanso. Se durmo menos do que as horas necessárias, as horas que me são devidas, não estou sendo justo comigo. Da mesma forma, se alguém tem direito a determinado salário, eu sou justo com ele se lhe dou o que lhe é devido.
Diante disso, podemos fazer já uma primeira pergunta: será que eu tenho sido uma pessoa justa, sabendo dar a mim e aos outros o devido?
Não há dúvida de que este mundo seria completamente diferente se as pessoas fossem mais justas. Infelizmente, a ganância e outros defeitos levam as pessoas a querer tirar proveito dos outros, distanciando-se da verdadeira justiça.
Ser justo é:
– não se corromper com nada nos negócios;
– devolver o troco se nos deram dinheiro a mais;
– pagar o salário justo aos funcionários;
– pagar os impostos;
– não trair e nem chegar perto de uma traição ao cônjuge, ao namorado (a);
– dar o devido tempo aos familiares e parentes, mesmo que eu esteja cansado;
– tratar todos os filhos por igual, mesmo que tenha preferência por alguém;
– falar sempre a verdade e nunca mentir;
– não colar na prova;
– não ter dois pesos e duas medidas: uma para nós e outra para os outros; por exemplo, sermos condescendentes conosco e superintolerantes com os outros;
– não trapacear, nem prejudicar ninguém etc.
– não querer “levar vantagem”;
Como se vê, não é nada fácil ser justo. Há muitos defeitos que nos levam a ser injustos, como a ganância, o egoísmo, a preguiça, a sensualidade, o orgulho etc. Para sermos justos, temos de estar sempre em guarda, examinando continuamente nossas atitudes.
Para sermos justos, precisamos, sobretudo, fortalecer a nossa vontade. Porque, via de regra, nós enxergamos o que devemos fazer, só que somos fracos. Também precisamos estar perto de Deus, pois sem Deus facilmente encontramos justificativas para nos deixar levar pelo mal, para dar rédea solta aos apelos das paixões, sem nos importar com as injustiças que poderão ser ocasionadas.
Não há dúvida de que o homem justo é muito mais feliz. No seu coração reina a paz e uma grande alegria. Vale a pena!
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo