A nora ideal

Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a nora ideal“.

Muitas noras perguntam para mim: o que devo fazer para me dar bem com a minha sogra? Esta não é uma resposta simples, pois nesta relação há diferenças de temperamento, de educação, de hábitos e costumes; há defeitos de ambas as partes: impaciência, orgulho, susceptibilidade, etc; há muitas e muitas histórias, etc.

Mas, costumo dizer que toda nora deve ter duas qualidades fundamentais. Vejamos.

a) em primeiro lugar a caridade

Uma nora deve estar imbuída no fundo do seu coração do desejo de amar a todas as pessoas sem exceção. Começaria mal uma nora que logo começasse a colocar barreiras na relação com os sogros: porque eles disseram isto, porque minha sogra se comportou de uma maneira que não concordo, porque meu sogro é brincalhão demais, etc.

Colocar barreiras é sinal de estar com o coração fechado. Dilatar o coração! Estar disposta a amar pessoas novas, diferentes, com defeitos e limitações.

Nunca se esqueça disto: sempre acabamos por amar as pessoas pelas quais nos interessamos e nos sacrificamos, por mais diferentes que sejam de nós.

Interessar-se, portanto, pelos sogros. Querer saber como estão, se estão bem, se precisam de alguma ajuda.

Como diz uma autora, “no relacionamento com os sogros, deve-se evitar procurá-los principalmente por motivos utilitários. A melhor maneira de sanar essa tendência, tão em voga hoje em dia pela insegurança que caracteriza os casais jovens, é “virar o jogo”. Explico-me. Por que não poderia a nora perguntar de vez em quando à sua sogra: “Em que posso ajudá-la?” E não se trata, obviamente, de uma mera fórmula de cortesia: é, antes, uma atitude de serviço” (Luz María de La Fuente, A sogra e a nora ideal, Ed. Quadrante).

Sacrificar-se por eles. Muito deste sacrifício estará nesta ajuda que dissemos acima. Quantas necessidades têm os sogros! Saber ajudá-los nas suas necessidades, complicando a vida se for preciso! Muitas vezes o sacrifício será o de calar, o de perdoar. Posso dizer que tenho procurado dar a minha vida para que a meus sogros sejam felizes?

b) em segundo lugar a humildade

Humildade que leva a passar por cima de pequenos desentendimentos. Será que sou uma pessoa que fica facilmente magoada, ressentida? Será que não precisaria ser mais humilde e dar menos importância a mim mesma?

A pessoa humilde é a pessoa ideal para o relacionamento, pois ela nunca “cria caso”. E não “cria caso” porque está esquecida de si mesma. O sentido da sua vida não está centrado nela, mas em viver para um ideal, para fazer o bem ao próximo.

Dois conselhos práticos (cfr. Luz María de La Fuente, A sogra e a nora ideal, Ed. Quadrante):

“Aceitar a ajuda dos sogros, pedir-lhes que “deem uma mão” cuidando dos filhos, nas compras, na escolha de um bom lugar para passar os fins de semana, etc… Ou seja, deixar-se ajudar por eles. Os sogros, avós ou não, sentem-se muito honrados de que as noras e genros precisem deles… até onde for razoável precisar.

Aconselhar-se com os sogros, pedir-lhes conselho com frequência sobre os mais diversos assuntos, mesmo que em princípio se saiba muito bem o que fazer. Quantas vezes não se descobrem “dicas” de grande valia e utilidade prática onde nem sequer se suspeitava que elas podiam ser encontradas!”

Ser um nora ideal é uma ciência! Mas, na verdade, como disse na outra reflexão, é questão de imitar cada vez mais a Cristo. Não deixem de olhar para Cristo e assim todo o vosso comportamento será “ideal”.

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo

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