A raiz mais profunda da alegria

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o fundamento dos fundamentos da alegria”.
 
Outro dia li um texto sobre a alegria muito interessante. Dizia assim:
 
O que torna a vida feliz? O que faz com que a minha vida seja feliz? No mundo atual, a resposta a essa pergunta com frequência gira ao redor de dois polos: o sucesso que somos capazes de alcançar e a opinião que os outros têm de nós, a nossa fama. É claro que não são questões banais: a opinião ruim que os outros têm de nós tem consequências na vida familiar, social e profissional. O sucesso é a expectativa lógica daquilo que empreendemos. Ninguém faz alguma coisa com o objetivo de fracassar. No entanto, não raras vezes, aparecem pequenas ou não tão pequenas derrotas em nossa vida e, num mundo cheio de inveja em que vivemos e superficial, de aparências, não é raro que falem mal de nós.
 
A experiência do fracasso, do desprestígio, ou a consciência da própria incapacidade – já não somente no mundo profissional, mas inclusive no esforço de viver uma vida cristã – podem levar-nos ao desânimo, ao desalento, e, em último termo, à desesperança.
 
Na atualidade, a pressão por ter sucesso em diferentes níveis, por ser alguém, ou, pelo menos, por poder dizer que somos alguém é mais forte que em outras épocas. E, na realidade, em vez de focalizar o que nós somos – filho, mãe, irmão, avó –, os holofotes estão colocados sobre o que somos capazes de fazer. Por isso, hoje estamos mais vulneráveis aos vários tipos de derrota que a vida costuma trazer consigo: fracassos que antes se resolviam ou se suportavam com mais facilidade, hoje causam, com frequência, uma tristeza ou frustração de fundo, desde idades muito precoces.
 
Em contrapartida o Papa Francisco nos recordava numa das suas catequeses que: “A esperança cristã é extremamente sólida. (…) Não está fundada sobre o que nós podemos fazer ou ser, e nem sequer naquilo em que podemos acreditar. O seu fundamento é o que de mais fiel e seguro pode existir, isto é, o amor que o próprio Deus alimenta por cada um de nós”.
 
Como são verdadeiras as palavras deste texto acima! De fato, grande parte da alegria deste mundo está baseada no sucesso. No sucesso amoroso, no sucesso profissional, no sucesso em todos os campos. E, como consequência, no que os outros pensam de nós em função do sucesso que temos. E basear a alegria nessa realidade é muito cruel, pois é inevitável o fracasso, já que não somos perfeitos nem anjos e a vida tem altos e baixos.
 
E como é extremamente consoladora essa verdade cristã segundo a qual não valemos pelo que fazemos, pelo que temos, pelo que produzimos. Nós valemos por sermos joias preciosas criadas por Deus e amadas infinitamente pelo Amor dos Amores. Nossa vida é um dom de Deus e, por isso, tem um valor sagrado independentemente do sucesso ou do fracasso. Só isso já é motivo de um imenso gozo e alegria. Mas, além disso, Deus nos ama infinitamente!!! Quer alegria maior do que a de sermos muito amados, especialmente pelo Ser mais extraordinário deste universo, e de modo incondicional? E da nossa parte a única coisa que nos pede é o esforço por amá-lo cada vez mais em tudo o que fazemos: na família, no trabalho, no cumprimento dos nossos deveres etc.
 
Mas o Papa Francisco tocava num ponto fundamental naquela mesma catequese: “É fácil dizer: Deus nos ama. Todos nós dizemos isso. Mas pensem um pouco: será que cada um de nós é capaz de dizer: estou convencido de que Deus me ama? Não é tão fácil esse convencimento. Mas é verdade!!!”.
 
Eis, portanto, o fundamento dos fundamentos da alegria: o amor de Deus por nós; o fato de sermos uma joia saída das suas mãos. Vamos seguir o conselho do Papa Francisco e nos aprofundar no convencimento dessas verdades. E a pedra de toque é esta: se estou convencido do seu amor por mim, não há razão para grandes tristezas e afundamentos. Pensemos nisso!
 
Uma santa semana a todos!!!
 
Padre Paulo

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