Gostaria de falar esta semana sobre a acomodação.
Por que falar sobre este tema? Porque todos nós temos a tendência a acomodar-nos.
Acomoda-se:
– o aluno quando está longe da prova
– o profissional quando já tem um certo status
– a dona de casa quando já educou os filhos
– o marido ou a esposa no amor pelo outro cônjuge
– o cristão no crescimento das virtudes e no seu amor a Deus, etc, etc…
Qual é o problema da acomodação? Por que ela é um mal?
Porque a lei de vida é a lei do crescimento, do progresso. Quem colocou esta lei no nosso coração foi o próprio Deus e Ele se refere a ela quando diz por meio de S. João: “sede perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito”.
Sede perfeito, significa buscar o crescimento continuamente. Significa, mais concretamente:
– não parar de crescer profissionalmente;
– não parar de aprender, não parar de estudar;
– não parar de crescer no amor, na capacidade de dizer “sim” à pessoa amada, ao próximo, a Deus;
– não parar de crescer culturalmente, de ler livros que nos façam aprofundar nos mistérios da vida, da ciência, do homem, etc.
Não podemos parar!!!
Como sabiamente dizia S. Agostinho, “se disseste basta, pereceste!”
Uma das piores coisas que existem na vida é ter que conviver com uma pessoa velha espiritualmente (não fisicamente). E podemos encontrar pessoas velhas “de espírito” com apenas 18 anos de idade, com 25 anos, com 50 anos, etc.
Neste sentido, há algum aspecto da minha vida que está estagnado?
– estou dando passos no aspecto profissional, familiar, cultural, social, religioso?
– se estou, por exemplo, desempregado, parei há tempos de procurar emprego?
– se ainda não estou casado (a) e ainda não encontrei um namorado (a) e já era hora de conseguir porque já tenho mais de 30 anos e minha vocação é o casamento, estou tomando iniciativas para sair desta situação?
– ando desleixado fisicamente com um peso bem acima do normal sem tomar providências para emagrecer?
– estou acomodado com relação às amizades, vivendo uma vida mais egoísta?
Quantas coisas mais poderíamos examinar! O importante é saber que qualquer que seja a nossa idade, parar é atrofiar-se, estagnar-se, envelhecer. Deus sempre nos dirá: não pare, vá para a frente, Eu te fiz para que você se pareça cada vez mais comigo.
Que exemplo é para nós, por exemplo, Goethe que terminou o “Fausto” aos 82 anos, Cervantes que terminou o “D. Quixote” aos 68 anos, Michelangelo que traçou a cúpula de S. Pedro aos 78 anos, Verdi que compôs o “Otelo” aos 74 anos, etc.
Todos nós podemos render muito mais! Rendendo mais será inevitável sentir-nos mais felizes! Vale a pena!
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo.