Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “algo fundamental no casamento: dia para namorar”.
Como vocês sabem, grande parte da vida de um casal é feita de um conjunto de deveres e obrigações que aumentam ainda mais quando nascem os filhos.
Com a vinda dos filhos, há um erro muito frequente que os casais costumam cair que é o de, por viverem em função deles e não dedicarem mais tempo para si mesmos. O casal nunca pode esquecer que a família que eles constituem se alimentam do amor que há entre eles. Não há dúvida que devem dar uma grande importância aos filhos, à sua educação, ao cuidado de cada um deles, mas se faltasse o tempo para o casal estar a sós, começaria a faltar o ar para respirar nesta família.
Devido a isto, nós sacerdotes que somos diretores espirituais, sempre recomendamos aos casais que tenham um dia da semana, pelo menos, para namorar. Que tenham um dia para estarem a sós para jantar num restaurante, para assistir um filme, para assistir um concerto musical etc. E que também se programem de vez em quando para fazerem uma viagem a sós, deixando os filhos com os avós ou com algum parente.
Como diz o famoso refrão, o amor não pode parar, o amor não vive de rendas, ou “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”. E aquele amor tão bonito que havia quando os dois eram namorados onde um não parava de galantear o outro, não pode fazer parte do passado.
O ideal até seria que este galanteio ocorresse de modo contínuo. Fiquei muito tocado quando conversando uma vez com uma moça que estava casada há dez anos, ela me dizia que seu marido parecia um eterno namorado: depois de dez anos continuava trocando mensagens de amor, elogiava-a todos os dias dizendo que era a moça mais bonita que havia conhecido, quando chegava do trabalho pedia para ela o abraçar bem forte etc.
Que pena quando um casal perde o lado romântico da relação!!! Que pena quando fica absorvido pelos problemas da vida, pelas dificuldades e tensões!!!
Que os casais não percam o romantismo!!! Que façam de tudo para que ele não esmoreça!!!
Não é verdade que este é este amor belo e puro, junto com a doação e a entrega, que alimenta o amor? Não é verdade que quando há este amor, gera-se um círculo virtuoso onde o galanteio gera galanteio, onde o elogio gera elogio, onde a doação gera doação? Não é verdade, por outro lado, que quando não há este amor, gera-se um círculo vicioso onde pouco a pouco a relação vai se esfriando até vê-la como um peso ou uma carga?
Vamos repetir mais uma vez para nunca mais esquecermos: o amor não pode parar, o amor não vive de rendas, “o fogo do amor mantém-se vivo quando se queimam coisas novas”, isto é, o amor é alimentado com novidades, com manifestações de amor, contínuas. Para o amor vale aquela famosa frase de Santo Agostinho: “se disseste basta, pereceste”.
Espalhemos esta verdade para todos os casais para que nunca esqueçam de que devem ser eternos namorados e que, pelo menos, dediquem um dia da semana para estarem a sós.
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.