Amar é acolher com alegria

Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem essa semana: “amar é acolher alegria”.

Quem de nós não gosta de ser acolhido e bem acolhido? É que o acolhimento é uma manifestação do amor. Quando amamos alguém, fazemos festa ao vê-la.

Isto faz lembrar a famosa lenda das fitas amarelas.

A origem desta lenda teve início nos Estados Unidos. Conta-se que um soldado americano foi servir o exército numa guerra e despediu-se da sua esposa e dos quatro filhos.

Depois de alguns anos, quando a guerra acabou, nosso personagem recebeu permissão para voltar para casa. O pobre homem não se continha de alegria. Ele pensou: “em breve estarei novamente para sempre com minha família, com minha amada família”. Mas antes de realizar a viagem de volta, resolveu escreveu uma carta para a sua esposa:

Querida Mary:

Acabam de me informar que dentro de pouco poderei retornar finalmente para casa e refazer a minha vida. Meu primeiro impulso foi o de ir ao teu encontro e desfrutar o resto dos meus dias ao teu lado e com os meus filhos, que tanto amo.

Porém pensei que talvez você não quisesse a minha volta, pois já são muitos os anos que estive ausente, anos que você teve que seguir adiante sem o meu apoio. Talvez você já tenha se acostumado a viver sem mim e possivelmente outro homem hoje ocupe o meu lugar, como pai e como marido.

Eu entendo que você não queira abrir a porta para mim da casa que um dia foi minha, meu lar, onde, quem sabe, agora eu só seria um estranho. Não quero obrigá-la a fazer isto ou mesmo me dar a notícia de que você refez a vida com outra pessoa.

Eu me lembro que fora de casa, na sua frente, havia um velho carvalho. Pensei, então, que como sinal de que você ainda deseja que eu viva ao teu lado, amarre uma fita amarela no galho desta árvore. Ao sair do quartel, pegarei um ônibus e, ao passar em frente à nossa casa, desde a janela, verei se há essa fita. Se não houver, entenderei que não sou bem recebido e seguirei o meu caminho em busca de uma nova vida, longe de você.

Amo vocês de qualquer maneira e sempre os amarei.

Que Deus vos abençoe!

Carinhosamente:

John.

Por fim, chegou o dia da saída. Muito emocionado pegou o ônibus que o levaria até sua casa. Chegando perto da sua casa, seu nervosismo era tão grande que não se atrevia a olhar para a árvore para ver se havia alguma fita amarela. Tanto é assim que pediu para o seu companheiro de assento que quando o ônibus passasse em frente à árvore, lhe dissesse se nela havia uma fita amarela.

O ônibus ia se aproximando e ele nada dizia. Ao chegar em frente à casa, o companheiro voltou-se para ele e lhe disse: “Não, não vejo uma fita amarela presa neste velho carvalho. Acho melhor você mesmo vê-lo”.

O homem pensou que tudo estava dito e com infinita tristeza se atreveu timidamente a olhar de relance para a árvore, mas nela não havia uma fita amarela: a árvore estava totalmente coberta de fitas amarelas em todos os galhos.

* * *

Que bom seria se soubéssemos acolher as pessoas que amamos, mesmo que as vejamos todos os dias, não com uma fita amarela, não com uma parte do nosso coração, mas com todas as fibras do nosso coração, dando toda a nossa atenção, todo o nosso carinho.

Uma semana abençoada a todos!!!

Padre Paulo

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