Deus e o vazio da vida

Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “ Deus e o vazio da vida”.

Santa Teresa é autora de uma frase que sempre me marcou muito e com muita frequência, pelas circunstâncias da vida, volto a pensar nela: “Quem a Deus tem, nada lhe falta, só Deus basta”.

Esta frase é de um conteúdo extraordinário! Tem a força de uma alma santa, de uma alma que se aproximou muito de Deus aqui na terra. E o que é que uma pessoa que se aproximou muito de Deus experimenta? Que “quem a Deus tem, nada lhe falta, só Deus basta”.

Esta frase contrasta tanto com o “vazio da vida” que muitos experimentam. E contrasta tanto com determinadas atitudes que só se explicam pelo “vazio dos corações” de muitas pessoas.

Que atitudes são estas? São inúmeras, mas gostaria de falar de algumas delas. Peço perdão por ser muito direto, mas algumas vezes é necessário falar as coisas mais claras.

a) sentir a necessidade de, como se diz por aí, “encher a cara”

Por que uma pessoa pode sentir a necessidade de embebedar-se ou de exagerar na bebida quer seja um adulto ou um jovem numa balada ou barzinho?

Só há uma explicação: o “vazio do seu coração”!

Se o seu coração estivesse cheio, repleto, até humanamente falando, não sentiria a menor necessidade de embriagar-se, muito pelo contrário: ficaria longe desta realidade. Nem se diga se estiver repleto de Deus, como diz Santa Teresa!

b) sentir a necessidade de ter “experiências sexuais”

Uma pessoa que está cheia de amor, nem se diga de amor a Deus, mas de amor humano, amor verdadeiro, profundo, não sente a necessidade de ter “experiências sexuais” fora do casamento.

O que leva uma pessoa a buscar isto? O vazio: vazio de amor, vazio de Deus. Por isso, quem vai por este caminho, mesmo que diga que ame a sua esposa, o seu marido, não o (a) ama. É uma pessoa mal resolvida. Falta-lhe preencher o seu coração e o coração se preenche com amor, amor humano, e, mais ainda, com Deus. Viver como “playboy” (eles e elas) é sinal claro de não se ter chegado nem perto do significado da palavra amor.

c) sentir a necessidade de “experimentar algum tipo de droga”

Não é verdade que quem está feliz, feliz com a vida, quem está bem resolvido por dentro, mesmo que seja bem jovem, porque está recebendo uma excelente educação dos pais, não é verdade que esta pessoa não sente a necessidade de ter “outras experiências”?

Que pena é ver uma pessoa que está sempre à cata de “outras experiências”! Pessoas que vão procurando prazeres cada vez mais fortes. Não é isto um sinal claro de vazio! O prazer nunca preencherá o coração do amor! Nós fomos feitos para mais, fomos feitos para algo que está muito acima do prazer: o amor! E, mais ainda, fomos feitos “para Deus”! Daí a famosa frase de Saint Exupery: “o ser humano é um nômade em busca do Absoluto”!

Poderíamos pensar em tantas outras atitudes que são clara manifestação de vazio como a busca de auto-afirmação, a busca de reconhecimento, a ostentação (da riqueza, da inteligência), a compulsão pela compra, a carência afetiva, a tirania, eles: estar olhando para toda mulher que passa na rua, elas: sentir a necessidade de vestir-se de modo provocante, etc, etc.

Todas estas atitudes são clara manifestação de um coração que não está preenchido e que vai à cata de bugigangas para tentar ser feliz. Mas tudo isto, como bem sabemos, são barris furados que não conseguem conter a felicidade.

Sentimos vazio? Temos manifestações como as que apontamos acima? Agora já temos a maior solução de todas: “Quem a Deus tem, nada lhe falta, só Deus basta”!

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo M. Ramalho

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Pe. Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro
Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela
Pontificia Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto
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