Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “Deus nunca chega tarde”.
Quantas vezes temos a impressão de que Deus não está ouvindo o que estamos pedindo? O tempo está passando e a situação só está piorando… Será que Deus se esqueceu de mim?
O que temos de lembrar nessa hora é que “Deus nunca chega tarde”!
Há um episódio na vida de Jesus que ilustra bem essa verdade. É o episódio de Jairo (Mc 5, 21-46). Assim vai descrevendo São Marcos: “Tendo Jesus navegado outra vez para a margem oposta, de novo afluiu a ele uma grande multidão. Ele se achava à beira do mar quando um dos chefes da sinagoga, chamado Jairo, se apresentou e, à sua vista, lançou-se-lhe aos pés, rogando-lhe com insistência: Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe-lhe as mãos para que se salve e viva. Jesus foi com ele e grande multidão o seguia, comprimindo-o” (Marcos 5, 21-24).
Quando Jesus ouviu essa súplica de Jairo para ir à sua casa, pôs-se a caminho imediatamente. No entanto, um pouco mais adiante apareceu uma mulher conhecida como hemorroíssa, pois padecia de uma doença de fluxo de sangue havia muitos anos. Ela, procurando ser curada de sua doença, penetrou no meio da multidão que comprimia Jesus com a intenção de ao menos tocar a borda do seu manto. Ela conseguiu e foi curada.
Nessa hora, Jesus parou. Parou, porque queria dar testemunho à multidão da fé dessa moça, que alcançou o milagre da sua cura. Jesus parou e perguntou à multidão: “Quem me tocou?”. Um silêncio deve ter sido produzido nessa hora até que aquela mulher se revelou. “Ora, a mulher, atemorizada e trêmula, sabendo o que nela se tinha passado, veio lançar-se-lhe aos pés e contou-lhe toda a verdade. Mas ele lhe disse: ‘Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz e sê curada do teu mal’ ” (Marcos 5, 33-34).
Essa cena deve ter demorado uns minutos. Podemos imaginar o desespero de Jairo vendo aquilo. Deve ter pensado: “O que essa mulher veio fazer aqui agora?”; “Jesus, pelo amor de Deus, larga essa mulher e vai correndo para a minha casa”. O desespero deve ter sido maior quando, logo em seguida, vieram da sua casa para dizer que sua filha tinha acabado de morrer.
E como termina essa cena? Jesus chega à casa de Jairo, encontra a filha morta e a ressuscita. Aí nós vemos que Jesus, por um lado, não chegou tarde, porque fez o que Jairo queria: salvar a sua filha. Por outro lado, chegou tarde, porque chegou somente quando a menina estava morta. Mas era justamente isso que Deus queria: fazer um milagre maior, provocar a fé total no seu poder. Por isso, dizia um autor:
“Jesus nunca chega tarde. Só nos pede uma fé maior. Esperou que se fizesse “tarde demais” para nos ensinar que a esperança divina também tem por alicerce as ruínas da esperança humana. E que nossa atitude deve ser a de ter uma confiança ilimitada nEle, pois Ele pode tudo” (Francisco Fernandez Carvajal, “Falar com Deus”, Ed. Quadrante).
Tenhamos essa confiança ilimitada nEle!!! Deus nunca chega tarde!!! Ele nunca nos abandona!!! “Pode uma mulher esquecer-se daquele a quem amamenta? Não ter ternura pelo fruto de suas entranhas? E, mesmo que ela o esquecesse, eu nunca me esquecerei de ti” (Isaías, 49, 15).
Que essa certeza do cuidado de Deus por nós nos dê uma grande paz diante das adversidades da vida.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo