Imaginação

Gostaria de falar esta semana sobre a imaginação.
 
Como muitos de vocês já devem ter percebido é preciso colocar rédeas na nossa imaginação.
 
Santa Teresa diz que ela é a “louca da casa”.
 
De fato, ela é fonte de muitos bens, mas também pode ser fonte de muitos males.
 
É fonte de muitos bens. É fonte da criatividade: nas soluções, nos trabalhos, etc. É fonte do entusiasmo: é ela que nos permite sonhar com os ideais; é ela que nos ajuda a vencer a monotonia, a preguiça; é ela que facilita a simpatia no relacionamento humano, etc.
 
Mas também pode ser fonte de muitos males. Por exemplo:
 
a) ansiedade
 
Quem é a pessoa ansiosa? É a pessoa que solta a imaginação temendo algo que ocorrerá. Temendo uma dificuldade, temendo uma doença, temendo uma prova que irá fazer, uma entrevista, um trabalho que terá que expor em público, etc.
 
b) depressão
 
Quem é a pessoa depressiva? É aquela pessoa que vive fixando sua imaginação em coisas ruins: nas dificuldades, nos problemas, nos fracassos, nas humilhações, etc.
 
c) distração
 
Quem é a pessoa distraída? É a pessoa que fica “pensando muito”, dando voltas com a sua imaginação, vagando num mundo alheio ao que está fazendo.
 
d) sonhos românticos
 
É a pessoa que fica dando voltas com a sua imaginação com sonhos fantasiosos, românticos, que nunca, ou quase nunca, vão se realizar. Tira-nos da realidade e é fonte de perda de tempo.
 
e) mágoas
 
Como se formam as mágoas? Dando voltas com a imaginação no mal que alguém nos provocou. Se não soltamos a imaginação a mágoa não cria raízes.
 
Como se vê a imaginação é fonte de inúmeros problemas para a nossa vida se não sabemos educá-la ou colocá-la no seu devido lugar.
 
O que devemos fazer para educá-la? Eis algumas dicas:
– não soltá-la; soltá-la somente para ajudar a realizar melhor os nossos deveres, para entusiasmar-nos por algo importante, para alimentar um amor verdadeiro, etc.
– ter o tempo ocupado; quem tem o tempo ocupado “não tem tempo” para ficar soltando a imaginação; não tem tempo para se deprimir, para curtir uma fossa, para curtir um fracasso, para alimentar uma mágoa, etc.
 
Quanto maior for o controle da imaginação, maior será a nossa estabilidade emocional. Assim vivia Cristo, com uma enorme capacidade imaginativa, como vemos nas suas parábolas, com uma enorme capacidade afetiva, mas, ao mesmo tempo, com um enorme equilíbrio interior.
 
Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo 

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