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Inimigo do diálogo: o preconceito

Por Pe. Paulo em 18/03/2019 em Diálogo, Matrimônio

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Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “inimigos do diálogo no casal – IV: o preconceito”.

Achei muito interessante um texto que li um tempo atrás que comentava que dentro do lar há muitos preconceitos. Em geral pensamos que os preconceitos se referem a pessoas distantes de nós, mas não é verdade. Ele é uma realidade que pode existir dentro da nossa casa.

No lar, os preconceitos podem ser inúmeros. “Já nos conhecemos!” – dizem uns aos outros; e, assim, mal o marido abre a boca, a mulher, sem se dar ao trabalho de escutá-lo, corta: “Você já vem de novo com a mesma história, você não muda”; assim que o pai começa a explicar a dificuldade que tem de aumentar a mesada, logo o filho o interrompe: “Ah, pai, sempre podando”… Antes de ouvir, já se tem o filme do outro, pronto e revelado, como se as pessoas fossem clichês que não pudessem mudar (Francisco Faus, A Paz na Família).

A dinâmica do relacionamento é incrível. O relacionamento é feito de um emaranhado de realidades, sentimentos, ideias, comportamentos, intuições, virtudes, defeitos, limitações etc., o que o torna riquíssimo e uma autêntica aventura.

Uma realidade é que ele conduz, se estivermos abertos para tanto, a um conhecimento cada vez mais profundo dos outros. Isso, que é muito bom, também pode se tornar um inimigo no relacionamento entre as pessoas. Ao conhecê-las, temos a tendência de intuir aonde elas querem chegar quando começam a falar, a se comportar de determinada maneira. E aí surgem os preconceitos. Rapidamente dizemos: lá vem de novo com essa história, com essa ideia, com esse pensamento etc. E então vem um juízo imediato, sem que haja uma abertura para ouvir o que o outro tem a dizer.

Esse juízo imediato, esse preconceito, também vem quando há pouco esforço para entender o próximo. Todos temos certa tendência a ser superficiais no conhecimento dos outros, a juntar duas, três ideias e já intuir sobre o que querem, como são. Continuava aquele autor dizendo:
 
Como é importante o “empenho” em entender: “Por que ele ou ela é assim? Como é mesmo por dentro? Que lhe acontece? Que teme? Que desejaria? O que o faz sofrer?”…

Não se trata de fazer “análise”. Deus nos livre do marido “analista” da mulher, ou vice-versa. Mas trata-se, sim, de abrir o coração à compreensão. Para isso, é muito necessário aprender a bela arte de escutar, que nos permite amplificar os canais da comunicação, do diálogo compreensivo.

Não pratica certamente essa arte aquele tipo de marido que, chegando à casa com ar cansado, desaba na poltrona. A mulher está ansiosa por falar-lhe, e ele, abanando a cabeça como quem faz uma magnânima concessão a um ser inferior, diz-lhe: “Vai, fala”. Ela desabafa enquanto ele olha para o infinito, com inexpressividade de peixe. “Já acabou?”, pergunta ele, e recolhe-se atrás do jornal.

Pelo contrário, pratica a arte de escutar aquele que deixa falar o outro: escuta-o com atenção até que termine; evita acusações ou desqualificações; não se serve de expressões do tipo “já sei, não precisa dizer-me”; toma cuidado com as interpretações errôneas de palavras, frases, gestos ou atitudes; sabe pedir amavelmente esclarecimentos; está atento ao assunto da conversa, sem pular abruptamente para outro; evita expressões cortantes como “Isso não admito”, “Não aguento esse modo de falar”, “Você não muda”, etc.

Só o respeito, sem preconceitos nem precipitações, pode levar a “entender” o outro. E, quando a compreensão vai crescendo, deixa-se de dizer: “Ele deveria ser assim”, e passa-se a dizer: “Ele é assim; portanto, o que é que eu devo fazer?” (Francisco Faus, A Paz na Família).

Chesterton, um conhecido pensador inglês, dizia que gostava do seu alfaiate pois, toda vez que ia até ele, ele tomava novas medidas. Escutar com atenção até o fim, tomar novas medidas, é não se deixar dominar pelo preconceito.

Para aumentar a nossa capacidade de diálogo, temos de aumentar a capacidade de ouvir os outros, temos de ir eliminando todos os preconceitos. Tenho me deixado dominar por eles? Luto contra eles?

Na próxima semana continua…

Uma santa semana a todos!!!

Padre Paulo

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