Gostaria de falar esta semana sobre o machismo.
Apesar de ser um tema um pouco polêmico, penso que vale a pena falar sobre ele, pensando na harmonia na relação entre homem e mulher.
Podemos definir o machismo como um defeito no modo do homem encarar a mulher, considerando-a de alguma forma como um ser inferior.
Tentando explicar o porquê desta atitude encontraremos sem nenhuma dúvida razões de ordem histórico-culturais. No entanto a visão cristã, desde sempre, foi a de afirmar a igualdade da dignidade de ambos os sexos por ambos serem imagem e semelhança de Deus.
Neste sentido, não cabe nem da parte do homem, nem da parte da mulher, ter uma atitude de superioridade perante o outro sexo.
Voltando ao machismo, gostaria de comentar um aspecto deste defeito que muitos homens costumam ter: a atitude de encarar o término do trabalho como o fim do expediente.
Por que o término do trabalho não pode ser encarado como o fim do expediente? Simplesmente porque o expediente da mulher só acaba na hora de deitar. Até a hora de deitar estará cuidando da casa e dos filhos.
Se reparamos bem, o expediente da mulher dura o dia inteiro, tenha ela um trabalho profissional externo ou não. Se não tem trabalho externo, seu trabalho profissional é cuidar da casa e dos filhos “e isto dá muito trabalho”! Se não vivêssemos numa sociedade econômico-materialista o trabalho das mulheres do cuidado da casa e dos filhos seria considerado um trabalho profissional e, havendo meios para isto, seria remunerado.
Neste sentido, é um machismo o homem chegar em casa e ficar de braços cruzados, ou ficar sentado na poltrona assistindo seus programas de televisão deixando a sua esposa fazer tudo até o final do dia. Um homem que fizesse isto, estaria considerando que o que ele faz é mais importante do que a mulher, o que o leva a achar que tem o direito a descansar quando chega em casa e, mais ainda, ser servido como se fosse um marajá.
A atitude correta é o contrário: pensar que é injusto, ao chegar em casa (também logo cedo de manhã, também nos finais de semana), deixar a mulher fazer as coisas sozinha. A atitude correta é dispor-se a ajudá-la no que for preciso e deixar de ajudá-la somente se ela insistir que não é necessário.
Que bom seria se todos os homens vivessem assim!!! O que iriam experimentar é que suas esposas ficarão muito mais felizes, pois se sentirão menos sobrecarregadas e mais acompanhadas nas suas tarefas. E, não há dúvida, será um enorme contributo para a paz na família.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo