Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “vaidade, o desfile de máscaras”.
Quantas vezes eu ouço dizer, e vocês também, que este mundo em que vivemos é um mundo de aparências! E também não é incomum as pessoas dizerem: “Estou cansado de viver no meio de tanto exibicionismo, de tanta falsidade”.
De fato, às vezes estamos no trabalho, no clube, no shopping e aquilo parece mais uma festa a fantasia ou um desfile de máscaras.
Todos ali parecem querer exibir algo que não são realmente. É como se as pessoas, antes de sair de casa, vestissem uma máscara, ou várias, e fossem à rua para desfilar.
Eis algumas máscaras que costumam circular por aí:
Máscara de pessoa abonada
É a de alguém que não tem muitas condições financeiras, mas gosta de exibir a bolsa Chanel que comprou fazendo um esforço enorme (tem até um modo especial de carregá-la para mostrar a marca aos outros). É a daquela pessoa que só usa roupas caras, de grife, e o padrão não condiz muito com sua condição de vida.
Máscara de pessoa bem-sucedida
Bem-sucedida na vida profissional, bem-sucedida na relação afetiva, bem-sucedida nos seus projetos. Com ela só acontecem coisas incríveis e dignas de nota, no entanto não passa de uma pessoa normal que, com certa frequência, experimenta os seus fracassos.
Máscara de pessoa inteligente
É a da pessoa que não é tão inteligente, mas que tem toda a fachada de quem é: as caras que exibe, os comentários cuidados que costuma fazer, o olhar de quem está entendendo tudo etc.
Máscara de pessoa culta, que está por dentro de tudo
É a da pessoa que não é tão culta assim nem está por dentro de tudo, mas nas rodinhas não só aparenta o ar de quem está por dentro de tudo como até mente dizendo que sabe sobre determinado assunto, que também leu aquela notícia, que também está inteirada de tal fofoca etc.
Será que eu tenho alguma máscara que visto todos os dias antes de sair de casa? Não seria melhor que me desfizesse de todas elas? Ninguém fica feliz em ser falso consigo mesmo. Por outro lado, como atrai a simplicidade! Não é verdade que as pessoas simples são as mais atraentes?
O exibicionismo também existe quando somos ricos, temos uma bela aparência, somos inteligentes e cultos e ficamos exibindo essas qualidades às pessoas. Por que chamamos isso de “exibicionismo”? Porque a finalidade da nossa vida não é ficar “exibindo” talentos, mas “servir” aos outros com os nossos talentos. Como diz Cristo na parábola dos talentos, a finalidade da vida é rendê-los, pô-los a serviço dos demais. Isso, sim, torna uma pessoa grande, valiosa.
Façamos o propósito de destruir todas as máscaras da nossa vida e de não viver de aparências, do exibicionismo. Se fizermos isso, iremos na frente, dando exemplo aos outros e, quem sabe, pouco a pouco, vamos respirar no nosso ambiente um ar mais puro, mais real, mais simples e verdadeiro, muito mais gostoso de viver.
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.