Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o valor da responsabilidade”.
Que bom encontrar no mundo pessoas responsáveis. Um marido, uma esposa, um estudante, um funcionário, que assume suas responsabilidades e resolve os problemas que lhe compete, sejam quais forem. Pessoas que você pode ficar descansado porque fazem o seu papel.
Tenho sido uma pessoa responsável? As pessoas podem descansar sabendo que vou assumir minhas responsabilidades inerentes ou que assumi?
Será que sou uma pessoa capaz de entregar uma “mensagem a Garcia”?
Mensagem a Garcia
Um homem se destaca no horizonte de minha memória. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava aos americanos era comunicar-se rapidamente com o chefe dos rebeldes, Garcia, que se encontrava numa fortaleza no interior da selva cubana, mas ninguém sabia exatamente onde. O que fazer?
Alguém lembrou ao presidente americano: “Há um homem chamado Rowan e, se alguma pessoa é capaz de encontrar o Garcia, essa pessoa é o Rowan”.
Rowan foi trazido à presença do presidente, que lhe confiou uma carta com a incumbência de entregá-la ao Garcia. O modo como esse homem, Rowan, pegou a carta, colocou-a num invólucro impermeável e amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, chegou à costa de Cuba; como se embrenhou na selva, para depois de três semanas surgir do outro lado da ilha, tendo atravessado a pé uma selva hostil e entregado a carta a Garcia são coisas que não precisam ser narradas aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frisar é este: quando Rowan pegou a carta para entregar a Garcia, nem sequer perguntou: “Quem é ele, onde é que ele está?”.
Eis aí um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze inquebrável, e cuja estátua deveria ser colocada em cada canto do país! Não é só de sabedoria técnica e científica que as pessoas precisam, nem só de instrução sobre isso ou aquilo. Precisam, sim, de uma firmeza de caráter para resolver os problemas que lhe são confiados, para assumir responsabilidades, para dar conta do recado, para, em suma, levar uma mensagem a Garcia.
Vocês mesmo podem tirar a prova. Imaginem que vocês são donos de um negócio e têm meia dúzia de empregados. Agora, chame um deles e peça-lhe: “Poderia ter a bondade de consultar uma enciclopédia e de me fazer uma descrição sucinta da vida de Corrégio?”. Será que o empregado vai dizer calmamente: “Sim, senhor”, e vai executar o que foi pedido?.
Nada disso! Muito provavelmente vai olhar com cara de perplexidade e fazer uma ou mais das seguintes perguntas:
– Quem é ele?
– Que enciclopédia?
– Fui eu, acaso, contratado para fazer isso?
– Que tal Bismark?
– E se Carlos o fizesse?
– Precisa disso com urgência?
– Não será melhor que o senhor mesmo procure o que quer?
– Para que quer saber isso?
Aposto dez contra um que, depois de você ter respondido a tais perguntas e explicado a maneira de procurar os dados pedidos e a razão pelas quais precisa deles, teu empregado vai pedir a um companheiro que o ajude a encontrar o Corrégio, e, depois, voltará para te dizer que tal homem não existe.
Voltemos ao nosso Rowan. Não é fácil encontrar pessoas como ele, mas o mundo busca ansiosamente pessoas assim, pessoas capazes de levar uma mensagem a Garcia. Será que tenho sido outro Rowan?
Que essa história nos sirva para refletirmos nesta grande virtude que é a responsabilidade.
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo