Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o sentido do casamento”.
Nunca me esqueço das palavras de um santo, chamado Josemaria Escrivá, a respeito do casamento. Ele disse que o casamento é um caminho para os esposos alcançarem a santidade. E aí falava que os esposos, quando se casam, são como pedras brutas, que com os roces da convivência vão sendo lapidados até que, no final, aparece a pedra preciosa que estava lá dentro.
Penso que essa ideia é fantástica para entender o sentido do casamento. É verdade que o casamento tem várias finalidades: a formação de uma família, a procriação de filhos, o viver ao lado da pessoa a quem se ama, o preenchimento do nosso desejo de amar e ser amado etc. Mas esse sentido do casamento como lapidação de uma pedra bruta ilumina poderosamente o vínculo matrimonial.
Por quê? Porque aponta o casamento para algo muito elevado e porque faz entender as dificuldades que o cercam.
Em primeiro lugar, aponta para algo muito elevado. O casamento é mais do que viver ao lado da pessoa a quem se ama. É mais do que o desejo de formar uma família, de ter filhos, que algumas vezes não vêm. É um caminho que nos conduz à santidade, à perfeição humana e espiritual, que faz vir à tona a pedra preciosa que há em cada um de nós. É um caminho que nos prepara para ir ao Céu, pois no Céu só entram as pedras preciosas. Lá não entram pedras brutas. Não é maravilhoso pensar que viver ao lado de quem se ama vai nos preparando para um dia nos tornarmos uma joia preciosa e podermos entrar no Céu? O casamento é um caminho, visto de outra forma, para atingirmos o amor perfeito. Ninguém nasce tendo o amor perfeito. Esse amor, que é o amor de Jesus Cristo, que é o amor sem condições, o amor incondicional, é algo que se alcança à base de muita lapidação. E no Céu só entram pessoas que atingiram o amor perfeito.
Um parêntesis: a doutrina cristã nos ensina que quem morre merecendo o Céu e não atingiu a perfeição, o amor perfeito, passará pelo Purgatório para acabar de ser lapidado.
Em segundo lugar, essa ideia de São Josemaria Escrivá nos ajuda a entender os roces, todas as dificuldades que há no casamento. Por que elas existem? Existem porque são elas que vão ajudando os esposos a se lapidar, a se tornar melhores, a crescer na capacidade de amar, a evoluir espiritualmente. Se elas não existissem, a pedra bruta que somos nós não seria lapidada. Ficaríamos estagnados espiritualmente.
Pensar nisso dá força ao casal para continuar adiante no casamento. Hoje a mentalidade é de busca egoísta da felicidade. Sob essa mentalidade, não se entendem as dificuldades. Um casamento que tenha um pouco de dificuldade é um casamento que não deveria existir. Com essa mentalidade, o compromisso matrimonial torna-se extremamente volátil. E o resultado é que as pessoas hoje se encontram tristes. Isso ocorre porque o que se busca atualmente é uma felicidade pouco elevada, pouco espiritual, e muito egoísta.
Vamos espalhar essas ideias. Vamos ajudar as pessoas a entender com mais profundidade o sentido do casamento. Vamos ajudar as pessoas a elevar o casamento a uma dignidade altíssima. Vamos ajudar as pessoas a ver nas dificuldades do casamento uma ocasião maravilhosa de santificação.
Uma semana abençoada a todos!
Padre Paulo