Para ser revolucionário: combater o egoísmo

Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “para ser revolucionários: combater o egoísmo”.

Todos estamos chamados, jovens e menos jovens, a juventude está no coração, a sermos “revolucionários” como nos lembrava o Papa na Jornada Mundial da Juventude.

Ser revolucionário é “estar ardendo” no coração no desejo de mudar este mundo, de instaurar neste mundo a “civilização do amor”.

Uma pergunta que nos vem agora é esta: meu coração está assim, “ardendo” no desejo de mudar este mundo, de fazer algo grande por este mundo? Meu coração está “ardendo no amor” e desejando enormemente espalhar o amor? “Ardendo no bem” e desejando enormemente espalhar o bem, fazer uma “corrente do bem”?

Queria nas próximas mensagens comentar como fazer para que nosso “coração” esteja assim, pois penso que todos nós temos o sonho de que esteja assim. Muitos de vocês poderão dizer assim: meu coração não está nesta sintonia; meu coração está frio; estou com outras coisas no meu coração. De fato, o nosso coração pode estar em diversos estados: frio, morno, quente, vibrante, muito vibrante, pegando fogo etc. Bom seria se nosso coração estivesse pegando fogo, pois o de Cristo estava pegando fogo e por isso foi o maior revolucionário que já existiu. Deixou uma marca que depois de dois mil anos, é nome que mais aparece na internet.

Eu diria que para que nosso coração esteja pegando fogo no desejo de mudar o mundo, nós precisamos cuidar de três aspectos importantes: combater o egoísmo, combater o pessimismo, inflamar-nos no amor a Deus.

Vamos começar nesta mensagem pelo primeiro: combater o egoísmo.

O que deixa frio o coração para o bem, pois o bem é pensar nos outros? O contrário de pensar nos outros: o egoísmo.

E a verdade é que vivemos numa sociedade onde as pessoas pensam “muuuuuuuito em si”. Basta pensar que todas as iniciativas que promovo para fazer algo pelos outros, aparecem muito poucas pessoas. Fiz uma boa propaganda que iria falar do Papa e sobre a Jornada para tirarmos consequências para a nossa vida neste último sábado à tarde e apareceram só um punhadinho de pessoas. Pensei: cadê estas pessoas que querem fazer algo pelo mundo?

Onde muitas pessoas tem o seu coração? No “seu” trabalho”, no “seu” lazer, no “seu” final de semana, no “seu” carro, no “seu” celular (não param de olhar para a telinha do seu celular), no “seu” corpo (e gastam horas e horas deixando o seu corpo um brinco), na “sua” roupa (se é de tal marca, se está precisando comprar mais uma blusa, que ainda não tem tal perfume), na “sua” próxima viagem etc, etc.

Não é preciso dizer que uma pessoa assim, jamais terá o coração pegando fogo no desejo de mudar este mundo. Estará fria, gélida, indiferente por todos os que sofrem neste mundo. Pessoas assim não se “comprometem”, e esta é uma palavra que dói para o egoísta, com nada ou quase nada que seja pensar nos outros. Pessoas assim podem manifestar até boa vontade, mas na prática acabam não fazendo quase nada pelos outros. Nós brasileiros somos um pouco assim: sempre mostramos ter um bom coração. Mas isto não basta. É preciso sair da teoria, é preciso sair do egoísmo.

Tomemos, portanto, cuidado com o egoísmo!!! Há uma forte pressão para pensar em nós mesmos. E temos que pensar em nós mesmos, não há dúvida. Mas o mundo não se resume a nós mesmos. Há muito, muito, muito que fazer por este mundo!!!

Pensar em nós mesmos traz uma felicidade, mas é muito efêmera: a felicidade meramente pessoal, que ainda é baste relativa e cheia de altos e baixos. É muito mais feliz quem pensa nos outros. E quanto mais pessoas pensamos, mais felizes somos.

Vamos fazer o propósito, portanto, de combater o nosso egoísmo se queremos ser revolucionários! Vamos fazer o propósito de sair da teoria e abrir mais espaço para os outros no nosso dia, na nossa semana, na nossa vida e começar a fazer algo efetivo para mudar este mundo.

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo

Sobre o autor