Preparação para o Natal – II

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “preparação para o Natal – II”.
 
Vamos continuar a nossa preparação para o Natal. Gostaria de falar desta vez sobre o presépio.
 
O costume de fazer o presépio é muito antigo, remonta ao século XIII e tem origem com São Francisco de Assis. A partir desse santo, tal costume começou a se espalhar por todos os lares cristãos e a ajudá-los na preparação do Natal.
 
Que diferença faz ter o presépio em casa e poder contemplá-lo nos dias que antecedem o Natal! Ele é de uma riqueza inimaginável!
 
De fato, todo presépio:
– inspira devoção;
– encanta os nossos olhos;
– enche o lar de simplicidade;
– passa a ser o centro do lar, afogando todas as preocupações materiais;
– transmite paz;
– transmite uma luz inexplicável.
 
Não é verdade — diz um autor — que a cena do presépio é a mais humana que se possa imaginar? Na gruta de Belém tudo é encantador, tudo é apresentado sob a forma mais singela. O Menino Je­sus é uma criancinha, frágil como as criancinhas recém-nascidas… Uma crianci­nha que precisa do auxílio das criaturas, que tem frio e fome, apesar de ser o Rei do Céu e da Terra. Esse pensamento, despertado pela visão do presépio, faz nascer em nós uma estranha sensação de ternura, de amor e de perplexidade, como ja­mais se sente em qualquer outra circunstância.
 
Diz outro autor: “Nossa Senhora, São José, os Reis Magos, os pastores… Nós os contemplamos em cada Natal com a mesma emoção; revemos aquelas imagens com a mesma ale­gria com que revemos os entes que nos são mais queridos. A cada Natal gos­tamos mais do nosso presépio. E os sentimentos familiares se entrelaçam com a ideia sublime daquela cena sublime. Nunca um presépio é monótono. Jamais, contemplando-o, a vaidade, o orgulho, a inveja e todas as misérias humanas surgem à tona do nosso pensamento. Tão incomensuravelmente bela é essa cena que a sua simples representação, por mais ingênua e singela que seja, es­plende em nossa alma com um fulgor maravilhoso e uma ternura que não é deste mundo” (O Natal, Isabel de Almeida Serrano).
 
Apesar de todo o valor e de toda a luz que vêm do presépio, infelizmente o costume de montá-lo em casa nos dias que antecedem o Natal vem se perdendo com o tempo! Que pena que, como fazia notar uma pessoa outro dia, quase já não há nenhum símbolo cristão nas decorações natalinas.
 
Que bom seria se nos empenhássemos para que esse costume não se perdesse!
 
Que bom seria se enchêssemos o nosso Natal de significado, montando a cada ano, independentemente da nossa idade, um belo presépio em nossa casa, com várias peças e acrescentando, quem sabe, novos personagens ou figuras a cada Natal! Que essa seja uma tarefa familiar, na qual cada membro da família se sinta envolvido. Fazer isso em família é já dar início ao espírito do Natal, espírito de amor, de união, de fraternidade que envolve essa data.
 
Uma vez terminado o presépio, façamos o seguinte:
– passemos várias vezes por dia, se possível, diante dele para dar uma breve olhada e digamos a Jesus, fomentando a expectativa da Sua vinda: “Vem Senhor Jesus, vem nos salvar! Vem Senhor Jesus, não tardes!”.
– paremos também, com um pouco mais de calma, para meditar diante dele. Um santo recomendava que nos sentássemos diante do presépio e ficássemos ali uns minutos meditando nas lições que podemos tirar daquela cena: lição de humildade, de pobreza, de simplicidade, de amor etc. Um livro que recomendo para essas meditações é o Falar com Deus (http://www.hablarcondios.org/pt/meditacaodiaria.asp).
 
Que Deus vos abençoe nesta semana nesse caminhar, cheio de expectativa, em direção ao Natal!
 
Uma santa semana a todos!
 
Padre Paulo M. Ramalho
falar.paulo@gmail.com
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.