Reflexão de fim de ano

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “reflexão de fim de ano”.

Os últimos dias do ano são uma boa ocasião para fazer um balanço dos meses que passaram e fixar propósitos para o ano que começa.
 
É uma boa oportunidade para pedir perdão pelo que não fizemos, pelo amor que nos faltou; um bom momento para agradecer a Deus todos os benefícios que nos foram concedidos.
 
A Igreja nos faz recordar que somos peregrinos. Temos uma vida no tempo. Dentro de pouco tempo nos apresentaremos diante de Nosso Senhor com as mãos cheias ou vazias.
 
Na realidade, o tempo da nossa vida é um tempo com o qual Deus nos presenteia para que o enchamos de amor por Ele, de caridade para com aqueles que nos rodeiam, de trabalho bem-feito, de virtudes e de obras agradáveis aos olhos do Senhor. Este é o momento de amealhar o “tesouro que não envelhece”. Passado esse tempo, já não haverá outro.
 
O tempo de que cada um de nós dispõe é curto, mas suficiente para dizer a Deus que o amamos e para concluir a obra de que o Senhor nos encarregou. Por isso São Paulo nos adverte: “Vivei com prudência, não como néscios, mas como sábios, aproveitando bem o tempo, pois em breve vem a noite, quando já ninguém pode trabalhar”.
 
A brevidade do tempo é um contínuo convite para que tiremos dele o máximo rendimento aos olhos de Deus. Hoje podemos nos perguntar se Deus está contente com a forma como vivemos o ano que passou: se foi bem aproveitado ou, pelo contrário, foi um ano de ocasiões perdidas no trabalho, na vida familiar; se descuidamos com frequência dos mandamentos de Deus.
 
São inúmeros os motivos para terminarmos o ano pedindo perdão a Deus. Foram muitas as nossas falhas e os nossos erros.
 
No entanto, são incomparavelmente maiores os motivos de agradecimento, tanto no campo humano como no espiritual. Foram incontáveis as moções do Espírito Santo, as graças recebidas, as intervenções do nosso Anjo da Guarda, os méritos alcançados ao oferecermos a nossa dor pelos outros, as ajudas que nos prestaram. Agradeçamos a Deus todos os benefícios recebidos ao longo deste ano.
 
Temos de encerrar o ano pedindo perdão por tantas faltas de correspondência à graça, pelas inúmeras vezes em que Jesus se pôs ao nosso lado e não fizemos nada para vê-lo, deixando-o passar; e, ao mesmo tempo, encerrá-lo agradecendo a Deus a grande misericórdia que teve conosco e os inumeráveis benefícios, muitos deles desconhecidos por nós mesmos, que Ele nos proporcionou.
 
Nestes últimos dias do ano que termina e nos primeiros do que se inicia, desejaremos uns aos outros que tenham um bom ano. Ao porteiro, ao farmacêutico, aos vizinhos, dir-lhes-emos Feliz Ano Novo ou coisa parecida. Ouviremos outras tantas pessoas desejar-nos o mesmo e lhes agradeceremos.
 
Mas o que é que muita gente entende por “feliz ano novo”? “É, certamente, que vocês não sofram no novo ano nenhuma doença, nenhuma pena, nenhuma contrariedade, nenhuma preocupação; antes, pelo contrário, que tudo lhes sorria e lhes seja favorável, que vocês ganhem muito dinheiro e não tenham que pagar muito imposto, que os salários aumentem e o preço dos artigos diminua, que o rádio lhes dê boas notícias todas as manhãs. Em poucas palavras, que vocês não experimentem nenhum contratempo.”
 
É bom desejar esses bens humanos para nós mesmos e para os outros, se não nos afastam de Deus. O novo ano nos trará, em proporções desconhecidas, alegrias e contrariedades. Ano bom para um cristão será aquele em que tanto umas como outras lhe servirão para amar um pouco mais a Deus. Ano bom para um cristão não terá sido aquele que veio carregado  na hipótese de que isso fosse possível – de uma felicidade natural à margem de Deus. Ano bom terá sido aquele em que servimos melhor a Deus e aos outros, ainda que do ponto de vista humano não tenha sido tão bom.
 
Qualquer ano pode ser “o melhor ano” se aproveitarmos as graças que Deus nos reserva. Um bom ano a todos e que seja repleto da graça de Deus!
(cfr. Falar com Deus, Francisco Carvajal, meditação de fim de ano).
 
Feliz 2020!!!
 
Padre Paulo 

Sobre o autor