Rotina

Gostaria de falar esta semana sobre a rotina.

Por que falar sobre ela? Porque ela aparece por todos os lados e precisamos aprender a lidar com ela.

A rotina aparece:
– na vida (não aguento mais esta vida, fazer todos os dias as mesmas coisas!)
– no trabalho (não quero nem pensar em fazer todos os dias a mesma coisa no trabalho!)
– no casamento (não sei o que acontece, mas meu casamento virou uma rotina, perdeu a graça!)

Por que ela aparece na nossa vida? O que Deus tem a dizer sobre ela?

Eu penso que a rotina faz parte dos planos de Deus e, mais concretamente, para nunca deixarmos de encontrar o amor nas coisas que fazemos.

Como assim?

Tudo o que fazemos é como uma moeda de dois lados: num lado há o que fazemos e no outro lado a “motivo” pelo qual fazemos aquilo. Todo o problema está no motivo ou motivação pela qual fazemos as coisas.

Qual é a nossa motivação mais comum? O entusiasmo. E o que acontece com o entusiasmo? Diminui com o tempo, com o passar dos anos. Nossa natureza é assim: tudo começamos com entusiasmo, mas ele vai diminuindo com o tempo. Além disso, o entusiasmo é muito frágil, é apenas um sentimento e, como todo sentimento, é variável.

Então, o que precisamos fazer? Encontrar uma motivação mais profunda. E a motivação mais profunda é esta: o amor. “Com o amor nada se torna pequeno, tudo é grande!”

O que a pessoa que deixou a sua vida cair na rotina deve fazer: encontrar o amor; perceber que a grande alegria da sua vida é dar amor às pessoas.

O que a pessoa que deixou o seu trabalho (as tarefas do lar, pensando em muitas mães) cair na rotina deve fazer: encontrar o amor; perceber que o seu trabalho, por menor que seja, por mais repetitivo que seja, pode ser uma ocasião de fazer o bem, de contribuir com a sociedade. Posso trabalhar (mesmo que esta tarefa seja pequeniníssima, repetitiva) pensando na esposa (no marido), nos filhos, etc.

O que a pessoa que deixou o seu casamento cair na rotina deve fazer: “redescobrir o amor”. Talvez ele até agora tenha sido apenas uma paixão, um sentimento. Falta algo mais profundo. Talvez se tenha parado no amor. E o amor nunca pode parar. O amor não vive de rendas. Como diz o refrão: “o fogo do amor mantém-se vivo queimando coisas novas”.

E para um cristão, qual é a maior motivação de todas: o amor a Deus. Por isso não vemos nenhum santo que tenha deixado a sua vida cair numa rotina. Viviam apaixonadamente (com uma paixão que era fruto do amor sublime)!

Agora já sabemos como lidar com a rotina! “Onde não há amor, ponha amor (um grande amor) e sairás da rotina”!

Uma semana cheia de bençãos a todos.

Pe. Paulo

Sobre o autor