Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “salvo por um milagre”.
Como vocês notaram, eu não enviei a mensagem de segunda-feira nas últimas semanas. Isso se deve ao que ocorreu comigo no dia 23 de junho passado.
Segundo me disseram, pois não lembro do que ocorreu na minha vida desde aproximadamente uma semana antes do dia 23, eu acordei neste dia com uma forte dor de garganta e dor de ouvido. Logo em seguida liguei para o meu médico e ele me disse para tomar um anti-inflamatório. Eu estava escalado para atender confissões nesta manhã na catedral da Sé, mas não fui devido ao mal estar. Mais tarde, segundo me foram relatando, pois como disse não tenho nenhuma consciência do que ocorreu nestes dias, eu almocei normalmente e à tarde assisti ao jogo do Brasil. Depois atendi duas pessoas. Por volta das 18 horas, como não estava me sentindo bem, fui deitar. Segundo o sacerdote que também mora comigo, eu fechei a porta e apaguei a luz.
Este sacerdote, inusitadamente, ficou preparando, noite a dentro, umas pregações que iria fazer no dia seguinte, domingo. Lá pela meia-noite começou a ouvir os meus gemidos. De modo estranho viu a porta do meu quarto aberta e a luz acesa. Aqui já é o primeiro milagre, pois não tenho consciência nenhuma de ter aberto a porta. E se a porta não estivesse aberta, muito provavelmente este sacerdote não ouviria os meus gemidos. Outra graça foi ele estar trabalhando até mais tarde, pois só faz isso excepcionalmente. Outra graça também, segundo uma enfermeira me disse, foi eu gemer, pois há pessoas que não gemem sentindo o que eu estava sentindo naquela hora.
Quando o sacerdote entrou no meu quarto começou a me chamar e eu o olhava de vez em quando só que para o infinito e voltava a gemer. Aí ele chamou uma pessoa para ajudar e ligaram para um médico conhecido que disse para me levarem imediatamente para o hospital. Trouxeram-me para o hospital 9 de Julho e, graças a Deus, foi tudo muito rápido. Vendo os médicos os meus sintomas em pouco tempo descobriram que era uma meningite. Com os exames detectaram que era a bactéria pneumococo e que entrou na circulação sanguínea e no líquor. Cheguei no hospital em estado gravíssimo. Meu liquor estava totalmente purulento. Tiraram 200ml de líquido no cérebro. A infectologista que estava de plantão me disse posteriormente que o prognóstico era de óbito. E se não houvesse o óbito haveria sequelas bem graves como perda da audição, da vista, ter que amputar algum membro etc.
Como tudo foi conduzido pela mão de Deus, começou uma corrente de oração que se espalhou pelo país e fora do país. E, graças a Deus e a estas orações, depois de 5 dias na UTI voltei à vida sem nenhuma sequela.
Estou escrevendo aqui no hospital depois de 20 dias de internação. O que me impede de ter alta agora é um sangramento que houve no intestino devido aos remédios fortes que tomei. Agradeceria que continuassem rezando por mim, para o completo restabelecimento.
Queria terminar dizendo que Deus é muito, muito, bom!!! Nunca na minha vida me senti tão perto dEle, tão nas suas mãos. Tive nestes dias uma consciência mais profunda de que Ele cuida de tudo e tudo é para a sua maior glória. Vi que Ele se serviu de mim, apesar de ser muito pouca coisa, para tocar o coração das pessoas, para fazer as pessoas se aproximarem mais de dEle.
Façamos o propósito de colocá-lo em primeiríssimo lugar nas nossas vidas, vivendo todos os seus mandamentos. Vale a pena!!!
Obs: agradeço de coração todas as orações que vocês fizeram por mim. Graças a elas, sem dúvida, estou vivo.
Que Deus vos abençoe!!!
Padre Paulo