Virtudes do lar: cortesia

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “virtudes do lar: cortesia”.

Transcrevo a seguir um belo texto sobre a cortesia extraído de um livro (As pequenas virtudes do lar, George Chevrot):

É agradabilíssimo o lar em que todos se esfor­çam por ser corteses e acolhedores; os nossos an­cestrais diziam “polidos”.

Ser polido, como a própria palavra o indica, significa suavizarmos as asperezas do nosso caráter. Um objeto que não foi polido é qualificado como tosco, e este adjetivo, aplicado aos homens, nada tem de lisonjeiro. Mas acontece que a poli­dez é muitas vezes considerada como artigo de exportação. Somos corteses e afáveis com as pes­soas de fora, mas, quando entramos em casa, não nos importamos com nada. Afinal de contas, não voltamos para casa para nos distendermos e des­cansar?


De acordo, desde que a mola, ao distender-se, não salte bruscamente e acabe por ferir alguém. Para descansar, será indispensável levantarmos excessivamente a voz ou assumir ares carran­cudos? Franzir as sobrancelhas ou “fechar a cara” não são sinais de uma verdadeira descontração, ao passo que o sorriso, as pequenas delicadezas e o antecipar-se aos desejos dos outros criam no lar uma atmosfera de repouso e de se­renidade.


A cortesia não obriga somente os subordinados em relação aos superiores. Cuidai de não despre­zar nenhum destes pequeninos, dizia o Senhor (Mt 18, 10-11). Cristo quer que respeitemos em qualquer homem a sua dupla dignidade de ser racional e de filho de Deus. Todo o homem, se­ja qual for a sua condição, tem direito à nossa consideração. E não é possível definir melhor a cortesia.


O nosso lar será um lar cristão se nele todos rivalizarem em ter delicadezas para com os outros. Respeitemos os anciãos, cujos cabelos embranqueceram; tenhamos presente a fraque­za daqueles a quem devemos aconselhar ou re­preender; levemos em conta a fadiga daqueles que se fecham demasiado em si mesmos. Extir­pemos também do nosso vocabulário e das nossas atitu­des as rudezas que bloqueiam os profundos sen­timentos de afeto que nutrimos habitualmente uns pelos outros.


Quereis esforçar-vos nisso ao longo desta se­mana? Eu vos prometo oito dias de felicidade
(As pequenas virtudes do lar, George Chevrot, Ed. Quadrante).

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Como é bom este texto para nos fazer pensar…

Tenho sido uma pessoa polida, delicada, cortês? Será que o fato de morar junto tem sido uma desculpa para faltar o respeito com as pessoas que moram comigo? Jesus Cristo era extremamente delicado. Nós também temos que sê-lo. Nada justifica faltar o respeito com um ser humano, seja quem for!!!

Uma manifestação clara de cortesia, de polidez é eliminar os palavrões do nosso vocabulário. Como o ambiente fica tosco, grosso, com pessoas que falam palavrão a toda hora! Aqui tem que valer o que Jesus Cristo nos ensinou: “tratar os outros como nós gostaríamos que eles nos tratassem”.

Somos corteses e polidos também quando eliminamos os gritos, o tom indelicado no falar. Saibamos também ser delicados ao pedir alguma coisa a alguém, começando com um “por favor”, “será que você poderia” etc. E saibamos agradecer no final, quando nos fazem um favor.
Todos nós colhemos o que semeamos. Se formos corteses com as pessoas do nosso lar, com certeza, pouco a pouco, elas também serão conosco. Nada melhor do que terminar citando o autor acima: Quereis esforçar-vos nisso ao longo desta se­mana? Eu vos prometo oito dias de felicidade!!!

Uma semana abençoada a todos!

Padre Paulo 

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