Cuidar dos pais quando doentes

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “cuidar dos pais quando doentes”.
 
Dá muita pena quando ouço das pessoas a quem atendo que elas têm um pai ou uma mãe doente e um ou vários irmãos que não fazem a sua parte para cuidar desse pai ou dessa mãe.
 
Outro dia, por exemplo, uma senhora comentava que mora no estrangeiro e tem que vir ao Brasil com muita frequência para cuidar da sua mãe que está doente, quando tem dois irmãos que moram aqui e não estão lhe prestando a devida assistência. É uma pena que isso possa acontecer.
 
Quantas brigas ocorrem também entre os irmãos quando é preciso combinar o revezamento de quem ficará com o pai ou com a mãe que está doente e precisa de companhia em casa ou no hospital.
 
Essas coisas não deveriam acontecer, não é verdade? O que deveria acontecer seria uma disputa entre quem quer cuidar mais, quem quer ficar mais tempo com os pais.
 
Depois de anos e anos tendo dado a vida por nós, o mínimo que podemos fazer por nossos pais é não medir nenhum esforço nessa hora para cuidar deles. O papa Francisco tem falado com frequência das periferias existenciais, que são os nascituros e os anciãos. Tem falado que hoje há uma cultura que descuida destes extremos da vida: os nascituros e os anciãos. E é nessas duas fases que as pessoas são mais frágeis. Portanto, devem ter toda a nossa atenção, todo o nosso cuidado.
 
Façamos algumas perguntas:
– tenho dado toda a minha atenção aos meus pais?
– tenho demonstrado reverência e um enorme respeito pelos meus pais, independentemente dos defeitos que tenham ou do que tenham feito por mim no passado?
– procuro crescer a cada dia no amor pelos meus pais?
– percebo que todo sacrifício que faço pelos meus pais será recompensado por Deus nesta vida e na outra?
 
Um santo dizia uma frase muito bonita: “Que eu seja o último em tudo, mas o primeiro no amor”. Isto é, eu posso ser o pior de todos em dons, em talentos, mas serei o primeiro no amor. Serei aquele que mais ama, aquele que mais sabe se sacrificar pelos outros. 

Que ninguém ganhe de nós no amor!!!
 
Façamos o propósito de desviver-nos pelos nossos pais. Que nenhum irmão possa dizer que estamos sendo egoístas, que só pensamos em nós. É próprio do egoísta fazer cálculos: ficar calculando o tempo que vai gastar, o tempo que vai “perder”. E também o dinheiro que vai gastar, o dinheiro que vai “perder”. 
 
Pensemos nessas ideias e tiremos nossos propósitos.
 
Uma semana abençoada a todos!!!
 
Padre Paulo