Amor no cuidado aos pais e parentes idosos

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “amor no cuidado aos pais e parentes idosos”.
 
Outro dia li um texto que dizia assim:
 
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A prova de Ruskin
 
O Dr. Ruskin, um especialista em geriatria, pediu numa ocasião às enfermeiras que participavam de um curso sobre “Aspectos psicossociais da velhice” que descrevessem seu estado de ânimo se tivessem que atender casos como o seguinte:
 
“Uma paciente que aparenta sua idade cronológica, mas não se comunica verbalmente nem compreende o que falam com ela. Balbucia de modo incoerente durante horas. Parece desorientada quanto à sua pessoa, ao espaço e ao tempo, embora dê a impressão de que reconhece o seu próprio nome. Não se interessa por seu asseio pessoal nem coopera com ele. Consome apenas alimentos moles, pois não tem dentadura. Tem incontinência urinária e de fezes. Solta baba continuamente e sua roupa fica sempre suja. Não é capaz de andar. Seu sono não tem um padrão. Acorda constantemente durante a noite dando gritos fortes, que levam as pessoas que estão cuidando dela a se despertarem. Embora a maior parte do tempo esteja tranquila, várias vezes durante o dia, e sem causa aparente, fica agitada e desata a chorar. Assim são seus dias e noites”.
 
 
A resposta das enfermeiras a essa pesquisa foi, em geral, negativa.
 
“Cuidar de um caso assim seria devastador, um modo de dilapidar o tempo dos médicos e das enfermeiras. Casos como esse deveriam ser direcionados a um asilo: não há nada a fazer com eles”, dizia uma delas.
 
As mais motivadas diziam: “Um caso assim é uma prova muito dura para a paciência e a vocação de qualquer um. Se todos os doentes fossem assim, o cuidado deles seria para médicos e enfermeiras santos, mas não para médicos e enfermeiras comuns”.
 
A prova terminou quando o Dr. Ruskin circulou entre os participantes a foto da paciente referida: uma preciosa menina de seis meses de idade.
 
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Que interessante essa prova, não é verdade? Imagino que todos vocês ficaram surpresos e pensativos ao saber o final da história. Por que temos tanto amor e paciência ao cuidar de um recém-nascido e não temos isso com pessoas idosas que estão em situação semelhante?
 
Dizia um médico: “Um paciente ancião é, como ser humano, tão digno quanto um recém-nascido. E os doentes que estão consumindo os últimos anos de sua existência limitados por sua demência ou pelas dores merecem o mesmo cuidado e atenção que os que estão iniciando sua vida”.
 
Vamos pensar nestas palavras e que elas nos sirvam para aumentar o amor com que cuidamos dos doentes, principalmente se são mais velhos.
 
Uma santa semana a todos!!!
 
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.
 

Sobre o autor