As bem-aventuranças – VII: bem-aventurados os pacíficos

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a sexta bem-aventurança: bem-aventurados os pacíficos”.

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!

É interessante essa ligação entre os pacíficos e o fato de serem chamados filhos de Deus.

Na verdade, como Deus é a Paz, todos aqueles que promovem a paz são seus filhos.
Promover a paz é algo que está muito mais próximo da nossa realidade do que imaginamos. É comum pensarmos que a promoção da paz é uma tarefa que depende dos chefes das nações, dos organismos internacionais etc. Realmente, a promoção desta paz dificilmente dependerá de nós. Mas há uma paz que é a base da paz das nações. Essa paz está:
– dentro de casa;
– no ambiente de trabalho;
– no trânsito;
– nos estádios de futebol etc.

Pensando nesses ambientes, posso dizer que sou um “promotor da paz”? Sou uma pessoa que:
– dificilmente entra em discussão?
– controla os acessos de raiva?
– segura a língua para não ferir as pessoas?
– procura tirar do vocabulário os palavrões?
– evita provocar os outros?
– procura ver os problemas com a ajuda de Deus para poder relevá-los?

Se alguém me perguntar se é fácil ser uma pessoa pacífica, eu direi que não é nada fácil. É fácil para as pessoas que não se importam com as coisas. Mas, se você tem sede de justiça, como tinha Cristo em grau máximo, não é nada fácil ser uma pessoa pacífica.

O que podemos fazer para crescer nessa virtude?

Em primeiro lugar, pedir a Deus. Como Deus é a Paz e Jesus a viveu de modo perfeito, nada melhor do que pedir a Ele. Podemos dizer com frequência aquela bonita oração: “Jesus manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso”.

Em segundo lugar, convencermo-nos de que não é à base da força que as coisas se resolvem. Raríssimas vezes teremos de utilizá-la. É o caso, por exemplo, de Cristo expulsando os vendedores ambulantes do Templo. Ele o fez com força, com caridade, mas sem raiva, sem ódio. É preciso lembrar sempre que a raiva gera raiva, o ódio gera ódio, a força gera força. O melhor modo de mudar algo que não está bem é conversando pacificamente uma e outra vez. E depois ter a paciência para esperar a mudança.

Em terceiro lugar, controlando nossos acessos de ira. Para controlar a nossa língua nesses momentos, recomendo a milagrosa água de São Bento.

Certo dia, uma senhora, que tinha um grande problema com a sua língua, perguntou a um sacerdote o que ela podia fazer para não “soltar os cachorros” quando seu marido chegasse um pouco mais tarde do trabalho. O bom sacerdote disse que tinha uma solução para ela: era a fantástica e milagrosa água de São Bento. A senhora ficou toda curiosa e quis logo conhecer essa água. O bom sacerdote trouxe o vidrinho e lhe ensinou o que devia fazer. “É muito simples: quando o seu marido estiver colocando o carro na garagem, a senhora pega o vidrinho com a milagrosa água de São Bento e ponha uma boa quantidade na boca, mas não a engula! Receba simpaticamente o seu marido, ouça o que ele tem para dizer, mas não engula a água, até que ele não esteja mais na sua frente”. Não é preciso dizer que a senhora voltou radiante na semana seguinte e foi pedir mais vidrinhos dessa água milagrosa. No entanto, ficou toda desapontada quando o sacerdote lhe disse que poderia pegar a água de sua própria torneira.

Usemos todos os meios para sermos semeadores de paz e de alegria. Assim, com toda a certeza, reinará a paz onde estiver e seremos chamados filhos de Deus.

Uma santa semana a todos!

Padre Paulo