Caminhos para encontrar a paz – II

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “caminhos para encontrar a paz – II”.
 
Vimos na semana anterior que Cristo veio trazer a paz a este mundo, porém essa realidade se encontra muito distante. Numa ocasião, ouvindo a pregação de um sacerdote sobre esse tema, fiquei muito impactado, pois, de um modo simples, ele trouxe a reflexão da paz para algo que atinge a todos nós, algo muito verdadeiro. Dizia assim: “A paz mundial, ou a paz social, é resultado de uma somatória de pequenas “pazes”: a somatória da paz nas famílias, a somatória da paz entre os colegas de trabalho, a somatória da paz entre os países, a somatória da paz do coração de cada um dos seres humanos”.
 
Isso é muito verdadeiro!!! A paz mundial é uma somatória de pequenas “pazes”. E há âmbitos ou campos de paz: na família, no trabalho, no país, no coração. E essa percepção traz o problema da paz para a nossa realidade. Como vamos querer que o mundo tenha paz, se não há paz dentro da minha casa, se não há paz entre os membros da minha família, se não há paz no meu ambiente de trabalho etc.
 
E como é verdadeira a afirmação de que a paz é a somatória de pequenas “pazes” no coração de todos os homens. Podemos fixar a nossa atenção aí: na paz dos corações. É aí que começa toda a paz. E há uma grande máxima: se o nosso coração está em paz, ele gera a paz. Se o nosso coração não está em paz, ele gera a guerra e todos os tipos de conflito.
 
Grande parte das guerras no mundo, por exemplo, é gerada pelo ódio. Um coração com ódio é um coração sem paz. E esse ódio vai gerar a guerra em algum momento.
 
Então façamos a pergunta: será que o meu coração está em paz? Paremos para olhar para ele com mais profundidade. Talvez dentro dele descubramos que haja:
 
– tristeza (momentos tristes, amargura). Um coração triste gera conflitos.
– perturbações (de todos os gêneros, agitações, tensões, angústias). Um coração perturbado gera conflitos.
– remorsos, mágoas (coisas mal resolvidas do passado). Um coração com mágoas, remorsos gera conflitos.
– inseguranças (dúvidas, incertezas). Um coração inseguro gera conflitos.
– insatisfações (conosco, com a vida, com as pessoas). Um coração insatisfeito gera conflitos.
– ódio. Um coração que odeia gera conflitos e verdadeiras guerras.
– inveja. Um coração com inveja gera conflitos.
– ambição. Um coração ambicioso (fora de ordem, desmedido) gera conflitos.
– orgulho. Um coração orgulhoso gera conflitos.
 
Pode ser que o retrato do nosso coração seja, em muitas ocasiões, não o de uma paisagem serena e pacífica, mas o de um rio revolto, de um mar tempestuoso.
 
Aí está uma grande luz para pensarmos na paz: o nosso coração. Não é verdade que, se houvesse paz no coração dos homens, não haveria guerras nem conflitos? Portanto esse é o principal foco de atenção para a paz em todos os âmbitos.
 
Pensemos nesta semana em como está o nosso coração. Pensemos com calma, com profundidade. Esse é o primeiro passo para encontrar a paz.
 
Uma santa semana a todos!!!
 
Padre Paulo