Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “dieta virtual”.
Como vocês sabem, há uma virtude muito importante que Cristo nos ensinou que é a temperança. Ela nos ajuda a ter equilíbrio, a ter a medida certa no uso dos bens lícitos. Sem essa virtude não conseguimos ter equilíbrio em nossa vida; cuidamos de alguns aspectos e descuidamos de outros.
Um campo bastante concreto para exercitar a virtude da temperança é o mundo virtual. Não há nada de errado em conectar-se com esse mundo, porém é preciso saber usá-lo com equilíbrio, sem prejudicar aspectos importantes da nossa vida.
Nesse sentido, achei muito interessante um texto que foi publicado um tempo atrás na revista Isto É, que dizia o seguinte:
Regras de ouro para a dieta virtual
Se você já questionou seus hábitos virtuais e acha que pode estar exagerando no uso das redes sociais, as chances de que você esteja certo em sua auto-avaliação são enormes.
Confie nos seus instintos e aja para mudar o seu comportamento.
Organize o seu dia virtual como você organiza o seu dia real. Estabeleça horários para checar seus e-mails, responder no whatsapp, fazer atualizações em redes sociais e compartilhar imagens. Cumpra um cronograma sem misturar a vida virtual com a real.
Estabeleça e siga, à risca, um calendário que inclua pelo menos um dia de desintoxicação tecnológica por mês. Nesse dia, abandone todos os dispositivos eletrônicos e organize atividades a céu aberto e com amigos. Lembre-se: a vida também acontece longe da internet.
Deixe para usar os dispositivos eletrônicos quando você está sozinho. Se você tem companhia, seja ela de amigos, filhos ou namorado, privilegie o real. Lembre-se de que o virtual sempre pode esperar.
Entenda que os momentos de que você abre mão na vida real são bem mais difíceis de reproduzir que os virtuais. E que, ao abrir mão, sistematicamente, do real pelo virtual, você está fazendo uma troca pouco inteligente e difícil de compensar.
Pense bem antes de postar algum detalhe da sua vida pessoal nas redes sociais. Compartilhe informações que você divulgaria, sem impedimentos, a qualquer um pessoalmente.
Quando fizer uma refeição, evite deixar o smartphone na mesa. Se deixar o aparelho à vista for imprescindível, dê-se ao trabalho de justificar essa necessidade a quem estiver com você. Isso ajudará a avaliar a verdadeira necessidade de ter o dispositivo à mão.
Não leve aparelhos eletrônicos para a cama.
Que esses conselhos sirvam para uma reflexão séria sobre como estamos lidando com o mundo virtual.
Como parâmetro podemos lembrar dois ensinamentos de Cristo: o mandamento da caridade e a parábola dos talentos.
O mandamento da caridade nos diz que não deve haver justificativa para descuidarmos da caridade com o próximo e principalmente com os nossos familiares. Que o celular não prejudique a atenção devida e o exercício do amor às pessoas queridas.
A parábola dos talentos nos lembra que Deus pedirá contas de todos os talentos que nos deu no final da nossa vida. Pedirá contas do bem e das obras que fizemos aos outros nesta vida. Como Deus disse a um santo uma vez, “obras é que são amores e não boas razões”. Poderíamos parafrasear estas palavras dizendo que “obras é que são amores e não likes e mais likes, curtidas e mais curtidas nas redes sociais”. Algo semelhante me disse uma vez uma moça que é apaixonada por empreendedorismo lembrando que todos nós poderíamos utilizar muito mais as nossas capacidades empreendedoras do que dedicar-nos a coisas que não levam a nada, fazendo referência ao uso vazio do celular.
Se formos gastar tempo com o celular, com o mundo virtual, que seja para potencializar nossas capacidades empreendedoras e não seja, por outro lado, um fonte de perda de tempo, de falta de atenção com o próximo, de distanciamento do mundo real e de prejuízo dos verdadeiros focos da nossa vida. Com toda certeza, se vivermos assim, seremos muito mais felizes. Vale a pena!
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo