Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “o valor incalculável da oração”.
Todos nós sabemos como a oração é importante na nossa vida. Para mostrar esse valor incalculável, há um livro maravilhoso de um autor muito conhecido: Jacques Philippe. O título é: “Aprender a rezar para aprender a amar”. Gostaria de citar algumas palavras do seu início para que nos convençamos da sua absoluta necessidade.
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Eis uma citação de São Pedro de Alcântara, um franciscano do século XVI que foi uma importante força de sustentação para Santa Teresa de Ávila (…) O trecho foi extraído do seu Tratado sobre a oração e a meditação.
Na oração a caridade se alimenta, a fé se enraíza, a esperança se fortifica, o espírito se rejubila, a alma se derrete de ternura, o coração se purifica, a verdade se revela, a tentação é vencida, a tristeza se esvai, os sentidos se renovam, a preguiça desaparece, a ferrugem dos vícios é consumida, a alma se purifica do pecado; nascem também nela vivas centelhas, desejos ardentes do céu, e brota a chama do divino amor.
Não pretendo comentar esse texto; ofereço-o simplesmente como testemunho estimulante para a oração. Talvez não venhamos a experimentar todos os dias o que o texto acima nos fala, mas se formos fiéis constataremos pouco a pouco a verdade de tudo aquilo que essa bela passagem promete.
(…) A oração é a alma da vida cristã. Ela faz de nós amigos de Deus, introduz-nos na sua intimidade e na riqueza da sua vida (…)
(…) A oração permite-nos extrair de Deus uma vida sempre nova, regenerar-nos e renovarmos permanentemente. Sejam quais forem as nossas provações, desilusões, fardos, fracassos e faltas, ela nos leva a reencontrar a força e a esperança suficientes para assumir a existência com uma total confiança no futuro.
A primeira coisa que deve motivar-nos a iniciar uma vida de oração é o convite do próprio Deus. Deus nos convoca a rezar, pois desde sempre, e bem mais do que imaginamos, deseja ardentemente entrar em comunhão conosco. O fundamento mais sólido da vida de oração é o chamado de Deus: Orai sem cessar! (Lc 18, 1); Vigiai e orai (Lc 21, 36); Vivei na oração! (Ef 6, 18) (…)
Deus convida-nos, se é que podemos dizer assim, a «perder tempo» com Ele. Essa será uma «perda fecunda», como diz Santa Teresa de Lisieux (…)
A existência humana não encontra o equilíbrio pleno se Deus não está no centro. A fidelidade à oração permite garantir, de maneira concreta e efetiva, o primado de Deus. Sem ela, a prioridade dada a Deus arrisca-se a não ser mais que uma boa intenção, quando não uma ilusão. Quem não reza, de maneira sutil mas certa, põe o próprio «ego» no centro da sua vida, e não Deus. Ele será dispersado pela multidão de desejos, de solicitações, de medos. Quem reza, pelo contrário, mesmo se tiver que enfrentar as forças que o dobram para si mesmo, o egoísmo, estará num movimento de descentralização de si e de recentralização em Deus, permitindo que Ele assuma (ou reassuma) pouco a pouco o justo lugar na sua vida: o primeiro. Ele encontrará assim a unidade e a coerência da sua vida. Pois quem não junta comigo (quem não está comigo), dispersa (se dispersa), diz Jesus (Lc 11, 23). Quando Deus está no centro, tudo encontra o seu justo lugar.
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Que as palavras deste autor nos sirvam para convencer-nos a “perder” diariamente um tempo para estar a sós com Deus, para rezar, isto é, para conversar com Ele como dois amigos, abrindo o nosso coração de par em par e que experimentemos pouco a pouco a verdade daquelas palavras de São Pedro de Alcântara:
Na oração a caridade se alimenta, a fé se enraíza, a esperança se fortifica, o espírito se rejubila, a alma se derrete de ternura, o coração se purifica, a verdade se revela, a tentação é vencida, a tristeza se esvai, os sentidos se renovam, a preguiça desaparece, a ferrugem dos vícios é consumida, a alma se purifica do pecado; nascem também nela vivas centelhas, desejos ardentes do céu, e brota a chama do divino amor.
Uma semana abençoada a todos!
Padre Paulo