Onde está a felicidade

Olá todos!
Eis a ideia para você refletirem ao longo da semana: “a felicidade: onde está?”.

Se há algo que todo ser humano deseja, sem exceção, é a felicidade. Todos nós a buscamos avidamente!

Mas aí surge uma pergunta: onde está a felicidade?

Como é importante saber esta resposta, pois o que não faltam, apesar do homem já existir há séculos e séculos, são pessoas infelizes e pessoas que “parecem” felizes, mas que lá no fundo do seu coração sentem um grande vazio.

Para esta pergunta tão vital, do ponto de vista racional, não encontrei melhor resposta do que a que dá Aristóteles no seu famoso livro “Ética a Nicômaco”.

Aristóteles começa por perguntar-se se a felicidade está no famoso trinômio: bens materiais, prazer e honra. Ou, dito numa linguagem mais atual: dinheiro, sexo e poder. De um modo claro, explica que a felicidade não pode estar em nenhuma destas realidades, pelo simples fato de que não são estáveis. Estão sujeitas aos vaivens da vida.

Aristóteles, então, chega à conclusão que a felicidade deve ser uma realidade não só estável, mas que, além disso, possa crescer com o tempo. Aí chega à brilhante afirmação: a felicidade do homem está naquilo que ele dará o nome de virtude! A felicidade do homem está nas virtudes: nestas qualidades que o levam a praticar o bem. A seguir, estabelece aquelas que serão, a seu ver, e isto ficou consagrado para sempre, as quatro virtudes que são a base de todas as outras: prudência, justiça, fortaleza e temperança.

O cristianismo adotará, sem tirar nem por, o ensinamento aristotélico, afirmando apenas que a  caridade é a virtude mais importante de todas e que rege todas as outras. Assim, o ensinamento cristão é que a felicidade está na virtude, em buscar todas as virtudes e, de modo principal, na virtude da caridade.

A felicidade está, portanto, na caridade, que é sinônimo de doação: dar a vida pelos outros.

Não é verdade que os momentos mais felizes da nossa vida são aqueles em que fizemos um bem a alguém? E não é verdade que este fazer o bem, esta felicidade, pode aumentar sempre mais doando-nos cada vez mais e a mais pessoas?

Jesus Cristo nos disse: “ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida pelos seus”! Poderíamos, então, dizer: “ninguém tem mais amor, ninguém tem mais caridade, ninguém é mais feliz, do que aquele que dá a vida pelos outros”! O ápice da caridade, da felicidade, é “dar a vida pelos outros”. Por isto Jesus Cristo disse no alto da Cruz: “tudo está consumado”! Ou seja: entreguei tudo, dei toda a minha vida por vocês”!

É hora de nos perguntarmos:
– onde está a minha felicidade?
– será que ainda penso que a felicidade está em pensar em mim: satisfazer todos os meus desejos? Trajetória, por sinal, oposta à caridade que é pensar nos outros.
– será que ainda penso que a felicidade está em “curtir” a vida; que é o mesmo que dizer: curtir a “minha” vida; ou seja: pensar em mim?
– será que ainda penso que a felicidade está em buscar “dinheiro, sexo e prazer”, máxima tão repetida desde que o homem é homem, mas tão falaz e vazia?
– será que já acordei para a caridade, para pôr o coração nos outros e, de modo supremo, em Deus?

Não é verdade que as pessoas que colocam o seu coração nos outros são as pessoas mais felizes deste mundo? Não é verdade que as pessoas que colocam o seu coração em Deus são as pessoas mais felizes deste mundo?

Acertemos o caminho que leva à felicidade e ela começará a se manifestar em todo o nosso ser!

Uma santa semana a todos!

Pe. Paulo

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