Vamos continuar a nossa preparação para o Natal.
Quem de nós não sonha que este Natal seja o melhor Natal da sua vida? Que seja não como os anteriores onde, quem sabe, estivemos mais pendentes das comilanças e dos presentes do que do seu verdadeiro significado.
Todos nós sabemos que o Natal tem um significado mais profundo, que confere a ele um poder encantador, mais ainda, um poder que não conseguimos explicar muito bem o que é. O Natal é sinônimo de alegria, de paz, de esperança, de fraternidade e de muitas coisas mais.
De fato, é isto mesmo, o Natal é sinônimo de todos estes sentimentos maravilhosos, pois o Natal é o nascimento de Cristo. Que outras coisas poderíamos esperar se é o próprio Cristo que vem à terra?
Todos estes sentimentos, mais ainda, todas estas realidades poderemos tê-las em cada Natal. Só precisamos de um gesto: deixar Cristo entrar no nosso coração.
Para Cristo entrar no nosso coração precisamos a cada Natal abrir algumas portas. É destas portas que vamos falar nas próximas mensagens.
Comecemos pela primeira delas: a porta da humildade.
De fato, sem humildade não há como Deus entrar no nosso coração. Como o próprio Jesus disse é aos pequeninos que Ele é revelado: “eu te louvo ó Pai, pois escondestes estas coisas aos sábios e prudentes e as revelastes aos pequeninos”.
O que é que hoje, e sempre, separa muitas pessoas de Deus? Podemos responder numa palavra: a auto-suficiência.
De fato, o auto-suficiente:
– não precisa de Deus (quando depende totalmente de dEle para existir, para ser sustentado no ser);
– não tem tempo para Deus, pois se encontra “muito ocupado” nas suas coisas (quando deveria ter todo o tempo para Deus por ser o seu Pai e Criador).
Se não precisamos de Deus e não temos tempo para Deus, o dia 25 de dezembro não significará praticamente nada para nós! Façamos, portanto, o propósito de desbastar toda a auto-suficiência do nosso coração.
Desbastar a auto-suficiência é:
– pedir ajuda a Deus e aos outros; seja qual for a nossa idade ou experiência de vida;
– reconhecer que erramos muitas vezes; não somos infalíveis, não somos os donos da verdade;
– pedir desculpas quando erramos;
– ouvir a opinião dos outros e levá-las em consideração;
– rezar, contar com a ajuda de Deus, reconhecendo que nossa parcela quando fazemos o bem é bem pequena face à divina.
Sejamos mais humildes! Abramos esta primeira porta que dá acesso ao Menino-Jesus. Não eram os poderosos que estavam ao lado da manjedoura e sim os pastores que são a imagem da humildade e simplicidade. Por serem simples receberam o maior presente que uma criatura pode almejar: ver a face de Deus estampada num recém-nascido!
Uma santa semana a todos em clima de preparação para o Natal!
Pe. Paulo