Preparação para o Natal – II : a porta da humildade

Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “preparação para o Natal – II: a porta da humildade”.
 
Qual de nós não sonha que este seja o melhor Natal de nossa vida? Que não seja como os anteriores, nos quais, quem sabe, estivemos mais propensos à comilança e aos presentes do que a pensar em seu verdadeiro significado?
 
Todos nós sabemos que o Natal tem um significado mais profundo, que confere a ele um poder encantador, mais ainda, um poder que não conseguimos explicar muito bem qual é. O Natal é sinônimo de alegria, de paz, de esperança, de fraternidade e de muitas coisas mais.
 
De fato, é isso mesmo: o Natal é sinônimo de todos esses sentimentos maravilhosos, pois no Natal não só comemoramos o nascimento de Cristo, mas de alguma maneira Ele volta a nascer em nosso coração. Mas, para que Cristo nasça em nosso coração e para que possamos experimentar esses sentimentos tão bonitos de alegria, paz, esperança e amor, precisamos abrir algumas portas fundamentais. É dessas portas que vamos falar nas próximas mensagens.
 
Comecemos pela primeira porta fundamental: a porta da humildade.
 
De fato, sem humildade não há como Deus entrar em nosso coração. Como o próprio Jesus disse, é aos pequeninos que Ele é revelado: “Eu te louvo, ó Pai, pois escondestes estas coisas aos sábios e prudentes e as revelastes aos pequeninos” (Lucas 10, 21-22).
 
O que é que hoje (e sempre) separa muitas pessoas de Deus? Podemos responder a isso numa palavra: a autossuficiência.
 
De fato, o autossuficiente:
– não precisa de Deus (quando na verdade depende totalmente dEle para existir, para ser sustentado no ser);
– não tem tempo para Deus; e não o tem porque se encontra “muito ocupado” (se há alguém que merece nosso tempo, esse alguém é Deus, por ser nosso Pai e Criador).
 
Todos nós temos uma parcela de autossuficiência que nos deixa um pouco distantes de Deus e pode nos impedir de preparar-nos bem para o Natal. Abramos a porta do nosso coração para o Menino Jesus desbastando, nos próximos dias, toda a nossa autossuficiência.
 
A pessoa autossuficiente:
– não pede ajuda aos demais; peçamos, portanto, mais ajuda a Deus, peçamos mais a opinião aos demais, seja qual for a nossa idade ou experiência de vida;
– agradece pouco o que os outros fazem a ela; agradeçamos, portanto, aos outros todo o favor que nos fazem, e principalmente a Deus todas as coisas boas que temos na nossa vida;
– reza pouco; rezemos, portanto, mais nos próximos dias, aumentando o tempo que estamos unidos a Deus durante o dia;
– reconhece pouco os seus erros; reconheçamos mais os nossos erros diante dos outros e diante de Deus;
– pede pouco perdão por suas faltas; peçamos perdão aos outros por tê-los ofendido e a Deus acudindo mais vezes ao sacramento da confissão;
– não costuma ir à missa aos domingos, pois acha que não precisa, quando é um mandamento de Deus, a quem deve se submeter por ser seu Criador.
 
Sejamos mais humildes! Abramos essa primeira porta, que dá acesso ao Menino Jesus. Não eram os poderosos que estavam ao lado da manjedoura, e sim os pastores, que são a imagem da humildade e da simplicidade. Por serem simples, receberam o maior presente que uma criatura pode almejar: ver a face de Deus estampada num recém-nascido. Se soubermos ser humildes, também receberemos esse grande presente neste Natal.
 
Uma santa semana a todos!
 
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.