Olá todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “ser revolucionários”.
Sugeria na última mensagem que vocês fizessem círculos de estudos entre amigos para estudar os textos do Papa Francisco.
Para dar um empurrão nesta iniciativa, que espero que muitos levem adiante, queria comentar nas próximas mensagens esta frase dita pelo Papa no encontro com os voluntários, momentos antes de embarcar para Roma: lhes disse que “deveriam ser revolucionários”.
Parem para pensar nesta palavra: “revolucionários”! Esta palavra é bastante forte, não é verdade! É forte porque ser revolucionário é mudar uma realidade radicalmente!
O que o Papa estava querendo dizer àqueles jovens voluntários provenientes de todas as partes do mundo? Que eles não sonhem apenas em mudar um pouquinho este mundo, mas sonhem em mudá-lo radicalmente. Que instaurem neste mundo, o que ele dizia na sua mensagem de despedida às autoridades brasileiras, a “civilização do amor”.
A civilização do amor é o que ele pregou, de uma maneira ou de outra, em todos os seus discursos, que poderia ser resumida nesta frase, conhecida como oração de São Francisco:
“Senhor, fazei de mim um instrumento da vossa paz;
onde houver ódio, que eu leve o amor;
onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
onde houver discórdia, que eu leve a união;
onde houver dúvida, que eu leve a fé;
onde houver erro, que eu leve a verdade;
onde houver desespero, que eu leve a esperança;
onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado,
compreender que ser compreendido,
amar que ser amado.
Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a vida eterna. Amém”.
Que realidade tão bonita o Papa está nos lembrando: todos estamos chamados, jovens ou menos jovens, a juventude está no coração, a “revolucionar” este mundo, a instaurar uma “nova civilização”, a “civilização do amor”.
Qual é a civilização que vemos à nossa volta? Uma civilização onde muitas pessoas não se querem, onde há tanta guerra, dentro das famílias e fora das famílias, na rua, no ambiente de trabalho. Uma civilização onde há tanta trapaça, tanta inveja, onde reina a lei do mais forte, do mais experto, onde há tanto egoísmo, cada um pensando em si, no seu prazer, no seu bem-estar. Uma civilização onde no meio de tudo isto, morrem de fome a cada dia mais do que dois milhões de pessoas, segundo os dados da ONU, sendo que destas, a cada cinco minutos, a vítima é uma criança. Uma civilização onde no meio de tanto egoísmo e destes sentimentos tão mesquinhos citados acima, os mais pobres e mais fracos são abandonados etc, etc.
Diante de tudo isto, queria que vocês pensassem nesta semana ou debatessem entre amigos as seguintes questões:
– Será que eu estou disposto a aceder ao apelo do Papa e procurar ser “revolucionário”, ir em busca desta “civilização do amor”?
– O que eu tenho feito por isto até agora?
– Se meu coração não está ardendo nestes desejos, qual é a explicação? Onde está o meu coração?
– O que fazer para ter o coração “revolucionário” como o do Papa, como o de Cristo, que dividiu a história em dois, antes da sua existência e depois da sua existência?
– Como se espalha esta “civilização do amor”?
Nas próximas mensagens vou abordar estas questões.
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo