Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “a mais bela ação do homem: rezar”.
São João Maria Vianney, também conhecido como Cura D’Ars (cura é sinônimo de sacerdote e Ars é a cidadezinha onde ele viveu todos os anos da sua vida), é um dos maiores santos da igreja. Ele nasceu na França no dia 8 de maio de 1786, na localidade de Dardilly, a dez quilômetros da cidade de Lyon, e morreu em Ars, no dia 4 de agosto de 1859.
Foi um homem de uma profunda simplicidade e amor. Ciente de que não era dotado de grandes qualidades, foi pelo caminho mais simples e belo desta vida: amar a Deus com todo o coração. Dentro da sua limitação intelectual, possuía a maior sabedoria deste mundo: “ir para Deus como uma flecha”!
Foi um simples pároco de uma minúscula cidade da França: Ars. Quando chegou lá, a cidade tinha cerca de 200 habitantes. Mas a sua santidade foi tamanha que fez a França inteira ir até Ars. As pessoas fazem filas para se confessar com ele. A fila era tão grande que podia demorar uma semana para ser atendido.
No dia 4 de agosto comemoramos a sua festa e neste livro que o sacerdote utiliza para rezar diariamente, o breviário, neste dia traz estas palavras maravilhosas do Cura D’Ars falando sobre a oração:
A mais bela ação do homem é rezar e amar
Prestai atenção, meus filhinhos: o tesouro do cristão não está na terra, mas nos céus. Por isso, o nosso pensamento deve estar voltado para onde está o nosso tesouro. Esta é a mais bela ação do homem: rezar e amar. Se rezais e amais, eis aí a felicidade do homem sobre a terra.
A oração nada mais é do que a união com Deus. Quando alguém tem o coração puro e unido a Deus, sente em si mesmo uma suavidade e doçura que inebria, e uma luz maravilhosa que o envolve. Nesta íntima união, Deus e a alma são como dois pedaços de cera, fundidos num só, de tal modo que ninguém pode mais separar.
Como é bela esta união de Deus com sua pequenina criatura! É uma felicidade impossível de se compreender. Nós nos havíamos tornado indignos de rezar. Deus, porém, na sua bondade, permitiu-nos falar com ele. Nossa oração é o incenso que mais lhe agrada.
Meus filhinhos, o vosso coração é por demais pequeno, mas a oração o dilata e torna capaz de amar a Deus. A oração faz saborear antecipadamente a felicidade do céu; é como o mel que se derrama sobre a alma e faz com que tudo nos seja doce. Na oração bem feita, os sofrimentos desaparecem, como a neve que se derrete sob os raios do sol.
Outro benefício que nos é dado pela oração: o tempo passa tão depressa e com tanta satisfação para o homem, que nem se percebe sua duração. Escutai: certa ocasião, quando eu era pároco em Bresse, tive que percorrer grandes distâncias para substituir quase todos os meus colegas que estavam doentes; nessas intermináveis caminhadas, rezava ao bom Senhor e – podeis crer! – o tempo não me parecia longo.
Há pessoas que mergulham profundamente na oração, como peixes na água, porque estão inteiramente entregues a Deus. Não há divisões em seus corações. Ó como eu amo estas almas generosas! São Francisco de Assis e Santa Clara viam nosso Senhor e conversavam com ele do mesmo modo como nós conversamos uns com os outros (Do Catecismo de São João Maria Vianney, presbítero)
Que estas palavras de São João Maria Vianney nos marquem profundamente e que nunca mais esqueçamos que nossa ação mais bela neste mundo é rezar!!
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo M. Ramalho
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Padre Paulo M. Ramalho – Sacerdote ordenado em 1993. Cursou o ensino médio no colégio Dante Alighieri. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontificia Università della Santa Croce. Atende direção espiritual na igreja Divino Salvador, Vila Olímpia, em São Paulo.