
EIS A IDÉIA PARA VOCÊS REFLETIREM AO LONGO DA SEMANA:
Como na semana passada falei sobre a doença, gostaria de falar esta semana sobre os doentes.
Com o aumento da expectativa de vida, vai ficando cada vez mais comum cuidar de pessoas anciãs e doentes.
Como esta sociedade, consideravelmente afastada de Deus, costuma ver um doente? Costuma ver assim: como um peso, como uma carga.
No entanto, qual é a visão cristã dos doentes? São os prediletos de Deus! Vemos na vida de Cristo que as crianças e os doentes eram os seus prediletos. Vemos como passava horas atendendo-os e como não poupava esforços para ajudá-los.
Jesus vivia aquilo que Ele ensinou na parábola do bom samaritano, que acabou sendo paradigma de toda instituição de caridade. Nesta parábola, o bom samaritano, ao contrário de outros dois homens que passaram ao lado de um homem estendido no chão e ferido, parou e, apesar de todas as obrigações que tinha que fazer naquela hora, deu toda a atenção que aquele homem precisava.
Por que um doente é um predileto de Deus? Porque é um filho seu que está sofrendo. Se cada um de nós que estamos bem já somos a pupila dos seus olhos, muito mais aqueles que sofrem.
De que modo estamos olhando os doentes da nossa família? De que modo estamos olhando aquele familiar:
– que está com Alzheimer
– que já não pode mais sair da sua cama
– que está hospitalizado
– que repete sempre a mesma coisa
– que está quase surdo
– que está com incontinência urinária
– que está com depressão e não se levanta da cama, etc, etc.
Qual deve ser a nossa atitude para com eles? O nosso parâmetro deve ser este: a mesma atitude que teria Jesus Cristo.
Na prática o que significa isto? Significa:
– que eles sejam prioridades nas nossas vidas
– que nos desvivamos por eles
– que tratemos eles com todo o nosso carinho
– que tratemos eles com toda a paciência, pensando que seus achaques são, quase cem por cento das vezes, fruto da doença
Que parâmetros podemos ter para pensar se estamos fazendo a nossa parte?
– primeiro: a obrigação de cuidar do doente recai em primeiro lugar sobre os seus pais; se os pais não vivem mais ou estão impossibilitados, recai sobre os irmãos e os filhos; depois aos netos, amigos e assim por diante
– normalmente não será razoável que uma pessoa que esteja trabalhando e sustentando uma família, deixe de trabalhar para cuidar de um doente (um pai, uma mãe, um irmão ou irmã, etc); em casos extremos, isto será necessário; por outro lado, também não tem sentido que alguém diga que não tem tempo nenhum de cuidar de um doente porque tem que trabalhar; sempre há algo que se possa fazer!
– se o doente requer um cuidado especializado ou os familiares não têm toda a condição de cuidá-lo, não há problema em contratar uma ou mais pessoas para cuidar dele ou colocá-lo numa casa de repouso; no entanto, isto não exime os familiares de darem ao doente, ou ancião, toda a atenção que lhes cabe; como sempre, o parâmetro é este: devemos procurar atuar como Jesus Cristo atuaria se estivesse no nosso lugar
Que estas ideias nos sirvam para tornar o mundo mais humano. E nunca esqueçamos esta ideia: para Jesus Cristo, as crianças e os doentes eram os seus prediletos!
Uma santa semana a todos!
Pe. Paulo.