Olá a todos!
Eis a ideia para vocês refletirem ao longo da semana: “preparação para o Natal – IV: os animais do presépio”.
Além de Nossa Senhora, de São José e dos pastores, diz a tradição que estavam também presentes no nascimento de Cristo alguns animais, como um boi, uma ovelha, o burrinho que transportou Nossa Senhora até Belém e quem sabe ainda outros.
Aí vem uma pergunta: por que Deus quis que os animais estivessem presentes no seu nascimento? Porque os animais, além da simplicidade, são um exemplo de desprendimento dos bens materiais.
Os animais vivem uma vida simples, desprendida. Não vivem acumulando posses nem bens materiais. Vivem sem luxo e sem grandes caprichos. Isso nos faz lembrar uma das bem-aventuranças de Cristo: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus!” (Mateus 5, 3).
De fato, Deus não tem morada nas pessoas que põem o coração nas coisas da terra. Quanto mais o nosso coração está nessas coisas, menos espaço há para Deus.
Os animais estão ali presentes porque eles são a imagem daqueles homens que vivem desprendidos das coisas da terra e, portanto, estão aptos para ver a Deus.
Nós vivemos num mundo onde o apelo para encontrar a felicidade nos bens materiais é enorme. Sofremos o apelo para:
– ter o último modelo de celular;
– comprar um carro mais luxuoso;
– comprar uma nova bolsa, um novo vestido, uma sandália de determinada marca;
– ir a um restaurante um pouco mais caro;
– fazer uma viagem mais requintada etc.
Será que eu estou em guarda diante desses apelos? Percebo que essas realidades prometem uma felicidade que só vamos encontrar em Deus? Percebo que a felicidade que tanto desejamos é uma felicidade infinita, eterna, e não a dos bens materiais, que são finitos, temporais? Entendo que eles, além disso, nos atrapalham na busca da felicidade infinita, que é Deus? Cristo já nos alertou dizendo: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a ferrugem e as traças corroem, onde os ladrões furtam e roubam. Ajuntai para vós tesouros no céu, onde não os consomem nem as traças nem a ferrugem, e os ladrões não furtam nem roubam” (Mateus 6, 19-20).
Quanto Cristo vai penetrar no nosso coração neste Natal vai depender de quão desprendidos estamos das coisas da terra. Para saber onde está o nosso coração, Cristo nos deu uma dica: “Onde está o teu tesouro, aí estará o teu coração” (Mateus 6, 21). Reflitamos com calma nestas palavras de Cristo! Não é numa passada de olhos que descobrimos onde está o nosso coração. É preciso fazer um exame sereno, profundo.
Para vivermos o desprendimento é muito bom:
– pensar antes de fazer um gasto, antes de fazer uma compra; perguntar: isso é necessário? Isso é um capricho?
– desfazermo-nos de quando em quando das coisas supérfluas, dando-as a quem precisa.
Que alegria é receber Jesus no coração!!! Nada se equipara a isso!!! Imaginem a alegria de Nossa Senhora, de São José, dos pastores, dos animais!!! Procuremos nos desprender cada vez mais dos bens da terra e nosso coração abrigará o portador da felicidade infinita, o Menino-Jesus. Vale a pena!!!
Uma santa semana a todos!
Padre Paulo